
Botelho, Savi e demais investigados ainda não se pronunciaram sobre a operação. Eles foram acusados em delação premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Lopes (Doia) de receberem propina do esquema dos lacres das placas de carro, cuja taxa era paga por donos de veículos. O GAECO pediu, mês passado, os mandados de prisões preventivas mas Zuquim autorizou os de buscas e apreensões, no último dia 31, e foram cumpridos esta manhã, na Assembleia, na casa de Botelho e em uma residência em Sorriso onde seria endereço de Savi. O ex- deputado Pedro Henry, servidores públicos e uma empresa em Brasília também são investigados.
A investigação visa combater fraudes que ocorreram no Departamento Estadual de Trânsito (Detran), no governo passado (iniciadas em 2009), e tem como base a delação premiada do ex-presidente do Detran, Teodoro Moreira Lopes, o Doia, firmada há cerca de um ano. O acordo foi homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O esquema de corrupção através da empresa que fornecia os lacres de placas renderia propinas seria de R$ 1 milhão mensais. A empresa cobrava taxa que variava entre R$ 170 a R$ 400 e ficava com 90% do valor arrecadado, repassando apenas 10% aos cofres da autarquia.
Após deixar a presidência do Detran na gestão de Silval Barbosa (que também receberia propina através de seu irmão) Teodoro Lopes (Doia) mudou-se para Sinop e assumiu a secretaria de Finanças da prefeitura. Ele fez delação premiada e quando o assunto veio a público deixou a secretaria. O irmão de Silval, Antônio Barbosa, confirmou em delação que pegava dinheiro de propina do esquema – inicialmente R$ 100 mil mensais e, depois, caiu para R$ 80 mil.
É investigada suspeita que o presidente da Assembleia, Eduardo Botelho, em 2009 era empresário, manteria supostamente empresa de treinamento como sendo de fachada para receber e distribuir dinheiro de propina. Na roça que eita iniciado o esquema ele não exercia mandato.
Botelho, Savi e Henry ainda não se manifestaram sobre a operação. Eduardo Botelho participaria esta tarde de uma solenidade em Sinop, mas ele cancelou participação e ficou na capital.
A operação Bereré teve força-tarefa com aproximadamente 200 integrantes – policiais, delegados de polícia e promotores de justiça.
O MP ainda não detalhou o que foi apreendido hoje com os acusados.
(Atualizada às 13:32h – fotos: Só Notícias/João Vieira/Alan Cosme/HiperNoticias)




