O secretário de Segurança Pública, Jarbas Rogers, foi afastado do cargo, hoje, pelo desembargador Orlando Perri, considerando que ele "cometeu, e vem cometendo, inúmeros ilícitos penais, dentre eles: embaraçar investigação de infração penal envolvendo organização criminosa; abuso de autoridade; usurpação de função pública; denunciação caluniosa e prevaricação, dentre outros que poderão ser descortinados ao longo das investigações penais”. A decisão é referente a investigação que a justiça faz no caso dos grampos telefônicos clandestinos a políticos, servidores estaduais e outras pessoas.
O desembargador também ordenou que Jarbas deve ir a 11ª vara criminal, em Cuiabá, para colocar tornozeleira eletrônica. A prisão foi requerida pela delegada Ana Feldner, que conduz a investigação.
A assessoria do governo informou, há pouco, que Jarbas Rogers se apresentou, no Tribunal de Justiça" na companhia de um grupo de aproximadamente 20 delegados da Polícia Civil" para cumprimento da decisão judicial.
Os delegados Flavio Stringuetta e Ana Feldner estiveram na secretaria de Segurança Pública cumprindo os mandados de buscas e apreensões determinados por Perri. Eles entraram na secretaria sem conversar com os jornalistas.
O governador Pedro Taques deve conceder entrevista coletiva, no início da noite, para se manifestar sobre a decisão do desembargador.
Em decisões anteriores, a justiça havia ordenado prisões de policiais militares que fizeram gravações clandestinas e do ex-comandante geral da PM Zaqueu Barbosa.
Números telefônicos de alguns políticos adversários do governo, de ex-servidora que supostamente manteria caso extra-conjugal com ex-secretário da Casa Civil teriam sido inseridos, ilegalmente, em lista de pedido de quebra de sigilo telefônico de outra operação policial para que as escutas e gravações de conversas fossem feitas.
(Atualizada às 17:54h)