A instalação da CPI – Comissão Parlamentar de Investigação – na Secretaria do Estado de Meio Ambiente (Sema) vai ter que esperar. Durante uma reunião com o secretário Luiz Daldegan, esta manhã, a Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa optou em discutir o assunto com o governador Blairo Maggi antes de votar a proposta. A confirmação foi feita, ao Só Notícias, pelo deputado Dilceu Dal Bosco.
Os parlamentares cobrarão, novamente, uma solução imediata para os problemas de falta de estrutura, equipamentos e efetivo reduzido, para que a secretaria dê celeridade a liberação os projetos de manejo, autorizando as madeireiras a retiraram matéria prima e manterem as atividades. “Daremos uma chance para sejam tomadas medidas a curto prazo. O que não pode mais é dar essas desculpas ao segmento que movimenta a economia do Estado e, principalmente, da nossa região. A base florestal não agüenta mais”, destacou.
Apesar da ‘chance’, Dal Bosco alertou que, caso o Governo do Estado não implante medidas urgentes, o pedido de CPI “pode passar e ser aprovado”. Outra cobrança é que a Sema faça algumas mudanças internas para evitar fraudes e irregularidades internas.
Esta semana, um novo esquema foi desmantelado pela Polícia Civil e Ambiental. 101 madeireiras da região foram fechadas por determinação do Ministério Público e 37 pessoas presas, entre empresários, engenheiros e servidores públicos. As fraudes eram feitas com auxilio de funcionários da Sema.
A proposta de criação da CPI foi requerida pelo deputado José Riva (PP). Se aprovada, o presidente da mesa tem prazo de 48 horas para publicar o despacho. Seus integrantes (05) serão indicados no prazo de cinco dias, contados da data da publicação.