O vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Zeca D´Ávila (PFL) afirmou que para vencer a crise do agro-negócio que afeta Mato Grosso, o agro-pecuarista tem que repensar e ainda, fazer uma cota de sacrifício. “Precisa reduzir o custo em todos os setores, mas o Governo também tem culpa nisso, e o exemplo, são os altos valores cobrados pela taxa de energia, combustível e outros gastos”, lembrou o parlamentar.
Segundo estudos da Companhia Nacional de Abastecimento – CNA, o Produto Interno Bruto (PIB) do agro-negócio brasileiro, toda a riqueza produzida pelo setor, terá esse ano, a maior queda dos últimos dez anos. Em relação ao ano passado, a queda foi de 10,5%. “A crise atual é bastante profunda para o setor rural e reflete em todos os setores da economia nacional”, explicou Zeca.
O deputado destacou que o reflexo da crise agropecuária para os demais segmentos econômicos começa a dar os primeiros resultados negativos. “Diversos fatores contribuíram para isso, mas podemos citar como exemplos os produtos veterinários que ultimamente subiram muito e os pecuaristas não conseguem adquiri-los”, ressaltou Zeca.
Entretanto, o deputado disse que o problema maior enfrentado pelo pecuarista está no alto custo da produção, onde segundo D´Ávila, a curto espaço de tempo não se pode esperar uma saída definida.
“Temos muita produção e precisamos diminuir o rebanho abatendo as matrizes, mas, para isso, o governo precisa financiar a retenção de cria para ajudar o criador com juros baratos e prazos longos”, aponta o deputado.
O líder do PFL na Assembléia, deputado Dilceu D´al Bosco endossa a opinião do seu colega Zeca, e mostra uma saída onde o Governo Federal precisa concentrar um programa de regulação de preços. “Ele (governo) deve securitizar a dívida com prazo longo para o agro-pecuarista pagar o produto, caso contrário, todos vão quebrar”, comentou Dilceu.
Na colocação do deputado, o pecuarista está deixando de ganhar e o Governo não faz nada para evitar esse impasse. “É uma vergonha o preço cobrado pela arroba do boi. A situação atual é ruim e vai ficar pior ainda, com os pecuaristas mudando de ramo no futuro”, alertou o parlamentar.
Concluindo, Dilceu falou que o país não possui uma política agrícola definida e “muito menos de controle de preços dos insumos”, onde segundo, o deputado falta uma ação mais séria.