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Deputados e Dante acusados por Arcanjo de receberem dinheiro vão depor na PF

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O primeiro depoimento de João Arcanjo Ribeiro, sobre suas ligações com políticos de Mato Grosso, começaram a ter fortes repercussões que podem chegar às urnas nas eleições de outubro. A Polícia Federal deve convocar para depor pelo menos 5 deputados estaduais: José Riva (PP), Humberto Bosaipo (PFL), Carlos Brito (PDT) , José Carlos de Freitas (PFL) e o atual presidente Silval Barbosa (PMDB). O ex-governador Dante de Oliveira também deve ser convocado. A Polícia Fedeal investiga as relações de Arcanjo e políticos em dois processos: financiamentos de campanha e cheques da Assembléia descontados nas factorings de Arcanjo.

•Veja fotos das entrevista de Arcanjo clicando aqui

O delegado Tony Jean Barbosa de Castro ouviu, domingo, na penitenciária Pascoal Ramos, o depoimento de Arcanjo. Disse que ele foi um pouco evasivo e confirmou alguns empréstimos feitos a políticos.

Arcanjo confirmou que houve troca de cheques da Assembléia, quando Bosaipo era presidente e Riva, primeiro secretário, em suas factorings. Os valores não foram divulgados. Mas o advogado de Arcanjo, Zaid Arbid, disse que seu cliente ainda tem dinheiro para receber: “22 notas promissórias de R$ 700 mil reais cada uma, na época dariam R$ 15,4 milhões, em valores de hoje quase R$ 40 milhões”, afirmou.
O “comendador” declarou que alguns credores que apresentavam cheques emitidos pela Assembléia não tinham relação comercial com o poder. Ele disse que tal “desconfiança” surgiu com o tempo, pois os “credores” iam à factoring acompanhados por representantes da Assembléia e, durante o depoimento, ainda apresentou cópias dos cheques que comprovariam a fraude.

Os demais deputados estaduais teriam feito transações em valores que variam de R$ 5 a R$ 10 mil e não foi informado se os demais estariam em débito com a factoring de Arcanjo.

Arcanjo confirmou que foram feitos empréstimos ao ex-governador Dante de Oliveira, depois que ele assumiu o governo. O comendador apontou que o dinheiro era liberado para o ex-secretário de Indústria e Comércio Carlos Avalone e o ex-chefe do DVOP (Departamento de Viação e Obras Públicas) José Carlos Novelli (atual presidente do Tribunal de Contas do Estado) . A Justiça Federal investiga se realmente os R$ 8,5 milhões em empréstimos foram pagos com cheque do DVOP. A polícia investiga se os empréstimos teriam sido usados para financiamento de campanhas em 1998 e 2004.

Em seu depoimento, Arcanjo não teria feito acusações ou ataques ao senador Antero Paes de Barros, que presidiu a CPI do Banestado que apurou questões ligadas ao envio ilegal de dinheiro para o exterior e que chegou a investigar Arcanjo.
Em setembro de 2003, a senadora petista Serys Marli acusou, em sessão da CPI do Banestado, que Arcanjo “é suspeito de enviar para o exterior no mínimo 600 milhões de dólares em operações ilegais, podendo ter superado até 1 bilhão de dólares”, afirma a senadora Serys.

João Arcanjo Ribeiro foi condenado a 37 anos de prisão (ficou 3 anos preso no Uruguai e transferido recentemente para Cuiabá) sob acusação de diversos crimes, dentre eles de formação de quadrilha, assassinatos, lavagem de dinheiro, dentre outros.

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