A discussão sobre qual medida que será tomada na Assembleia Legislativa em relação a prisão do deputado estadual José Riva (PSD), na terça-feira (20), durante a operação Ararath, da Polícia Federal, ainda “vai passar” longe dos assuntos debatidos entre os próprios parlamentares. A soltura dele foi determinada, hoje, pelo Supremo Tribunal Federal. O deputado Zeca Viana (PDT) destacou que ainda aguarda, pelo menos, o teor do depoimento dele à PF. “No caso do Riva, é aguardado o depoimento dele à Polícia Federal para se saber o que aconteceu, o que tem a dizer, o que houve”, disse ao Só Notícias. “Inicialmente, é aguardar o desdobramento da justiça”, acrescentou.
Viana reforçou a análise realizada pelo presidente da Assembleia Legislativa, Romoaldo Júnior (PMDB), sobre a possível abertura de um processo de cassação do mandato de Riva. “Ainda não sabemos o porquê da operação. Não temos como tomar qualquer tipo de medida neste sentido sem ter informações precisas sobre o caso. A partir do momento que a Assembleia receber a cópia da denúncia, a mesa diretora tomará as medidas cabíveis”, comentou anteriormente o presidente.
Conforme Só Notícias já informou, Riva foi preso na operação Ararath acusado de receber mais de R$ 3 milhões de empréstimos ilegais operados pelo ex-secretário de Estado de Fazenda, Eder Moraes (que continua preso), apontado pela Polícia Federal como articulador do esquema de desvios de dinheiro público via conta de uma empresa. Esta pegaria dinheiro em um banco, repassaria para Eder e cobrava juros.
Além das prisões, 30 mandados de condução coercitiva (no qual a pessoa é levada para depor e depois liberada) e 59 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. Alguns deles na Assembleia Legislativa, Ministério Público Estadual, Tribunal de Contas do Estado, Prefeitura de Cuiabá e residências do prefeito Mauro Mendes (PSB) e governador Silval Barbosa (PMDB), que chegou a ser detido por ter uma pistola com documentação vencida.