O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB), negou há pouco, que tenha tentando abafar as denúncias do ex-funcionário da Secretaria de Educação, Sindvaldo Domingos Lopes, a respeito existência de um suposto esquema de superfaturamento no transporte escolar, desde 2009. Ex-secretário municipal de Finanças, ele declarou ao Só Notícias que na conversa gravada, veiculada pela Gente TV, apenas estava “orientando” para que Sindvaldo não prejudicasse a si mesmo. “Ele diz que tem provas no papel, mas não tem nada que ligue [às supostas irregularidades]. Foi no sentido de proteger ele”.
Silvano ainda classificou como “malandragem” a gravação que disse ter sido feita pelo sobrinho de Sindvaldo, declarando que não tinha conhecimento, mas mesmo assim, alegou que "não há nada demais”. Contudo, frisou que vem sendo usada de forma a prejudicá-lo, fora de contexto, pois apontou que as denúncias provem de insatisfação de Sindvaldo, que acabou sendo desligado na pasta de Educação, e também do sobrinho dele, cuja contratação acabou não acontecendo. “Eu conheço o Sindvaldo, já trabalhou comigo, é uma pessoa humilde, simples, trabalhadora. Mas se uma pessoa apresenta denúncia, tem que ter provas robustas”.
O deputado ainda destacou que "Sindvaldo foi mandado embora e sai disparando denúncias para todos lados. Ele já tentou fazer isso uma vez, mas acabou voltando atrás”, disse. “Tem muita gente investigando [ às supostas denúncias], então, foi mas no sentido de proteger ele”, acrescentou, ao reforçar: “Eu jamais tentei abafar qualquer coisa, se alguém fez algo errado, tem que pagar, tem que ser responsabilizado”.
Conforme Só Notícias já informou, na gravação divulgada pelo programa, Silvano pede em conversa com o familiar de Sindvaldo, para que parasse de fazer as denúncias que não teriam fundamento. “Fala pra ele parar com essas coisas aí, nós fazemos parte de um grupo, nós somos companheiros. Não estou dizendo que ele tem que ser chapa branca, não sei o que. Não! Se você tiver fundamento, uma prova consistente e tal. Quem sou eu pra falar alguma coisa?”, consta. “Mas tudo denúncia furada, sem nada, sem, sem eira e nem beira. Entendeu? Então, pra que isso?”, é dito por Silvano em outro trecho. Não foi informado quando a conversa foi gravada.
Segundo o ex-funcionário, duas planilhas eram assinadas, uma com a quilometragem real, e a outra, que faturava a quantidade de quilômetros rodados, já que o pagamento é feito a partir da distância percorrida. De acordo com ele, o valor a mais chegaria a R$ 70 mil por mês.
A assessoria de imprensa da prefeitura informou, ao Só Notícias, que o prefeito Juarez Costa determinou que a denúncia do ex-servidor seja enviada ao Ministério Público para que sejam tomadas as providências e que a acusacão contra integrantes da prefeitura e a empresa que faz o transporte sejam apuradas. E que a controladoria interna da prefeitura faça levantamento sobre o caso.