Faltam pouco mais de 30 assinaturas para criar o requerimento que pede a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o Movimento dos Sem Terra (MST). A informação foi confirmada, ao Só Notícias, pelo deputado Federal, Nilson Leitão (PSDB), que busca junto aos demais parlamentares as assinaturas restantes. “Devemos fechar nos próximos dias. O problema é a fila, porque só podem ser instaladas cinco CPIs por ano. Caso esta seja instalada, ela deve ser a sétima na fila, então pode ser que não ocorra este ano”, afirmou.
De acordo com o parlamentar, se for instaurada, a CPI terá por finalidade investigar a sustentação econômica do movimento. “Não é pessoa jurídica, ou seja, não tem CNPJ. Então o que a gente quer saber é como o MST sobrevive. De onde vêm os recursos para pagar alimentação, transporte, estrutura e estadia durante mobilizações? Suspeitamos que venha de dinheiro público. Se for, a presidente Dilma Rousseff (PT) cometeu mais um crime para ser cassada e os líderes do movimento têm que ser presos, porque estão usando dinheiro público para invadir áreas privadas”.
Se “sair do papel”, a Comissão Parlamentar de Inquérito para investigar o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra deverá ter duração de até 120 dias.
No mês passado, conforme Só Notícias já informou, manifestantes do MST bloquearam o tráfego de veículo na BR-163, no KM 943, próximo a Itaúba (90 km de Sinop), na BR-070, em Cáceres, e MT-158, em Tangará da Serra.
O MST cobrava vistorias de 12 fazendas para assentamentos em 8 municípios, incluindo Cláudia e Nova Santa Helena (Nortão), emissão de pareceres e vistorias em mais 5 fazendas, perícia judicial em 3 propriedades, topografia em quatro assentamentos, cadastro de famílias, homologação e créditos de apoio inicial dos assentamentos Keno, Olga Benário, Novo Renascer, 12 de outubro, Nova Conquista, Sílvio Rodrigues e Egídio Brunetto, retirada dos invasores do assentamento Terra de Viver, em Cláudia e liberação de 2,5 mil cestas básicas para os assentados.
Os manifestantes também reivindicavam a conclusão das obras nos assentamentos Keno, Olga Benário, Novo Renascer e Terra de Viver, que foram iniciadas em 2013 e, segundo eles, estão “se arrastando até este momento”. No Projeto de Assentamento Mártires do Carajás é cobrada a construção de uma ponte e um poço artesiano para atender as famílias e a agroindústria, que foram “pautados há mais de seis anos e são um descaso desse órgão”. A abertura e asfaltamento de estradas, além das ligações do programa “Luz para Todos” do governo federal, também estão na pauta de reivindicações.