“Há uma tentativa de desviar o foco das discussões do Congresso Estadual Universitário da Unemat reduzindo-o para uma possível mudança da sede da instituição de Cáceres para a capital ou Várzea Grande”, denunciou o líder do PT no Legislativo, deputado estadual Alexandre Cesar na sessão da Assembléia. Segundo o parlamentar, o congresso, que será de 7 a 11 de dezembro, na capital, é resultado da luta da comunidade acadêmica e de Lei Complementar do Executivo, que prevê a realização do evento para formular o Estatuto e planejar o futuro da Unemat.
Porém, o deputado afirma que o prefeito de Cáceres, Ricardo Henry, e o reitor da Unemat, Taisir Karim, convocaram uma reunião com clubes de serviço, empresários e lideranças políticas, para buscar a permanência da sede da Unemat em Cáceres, taxando de tentativa de golpe de professores, técnicos e estudantes a idéia de mudança da sede. “O reitor declarou que se a sociedade e comunidade acadêmica decidirem pela mudança da sede para Cuiabá, ele não vai acatar as decisões do Congresso Universitário. Essa declaração tem ares imperiais, ainda mais que a questão central do evento é a descentralização administrativa da Unemat, para que os outros campi não precisem recorrer ao reitor para despachar tudo. Não pode haver essa concentração de poder, ainda mais em um Estado com dimensões continentais como Mato Grosso”, noticiou o deputado. O parlamentar explicou que o Congresso Universitário vai definir o modelo de gestão que a própria universidade quer para ela.
De acordo com o deputado Alexandre Cesar, também estaria sendo cogitada a quebra de acordo feito verbalmente entre comunidade acadêmica, governo do Estado e Assembléia Legislativa. Esse acordo era para haver a abertura de novos campi da Unemat apenas após a consolidação dos Planos de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCSs) de técnicos administrativos e docentes, “pois do contrário, a abertura de novas unidades iria comprometer os recursos previstos para a implantação dos PCCSs, desviando-os para novas contratações, infra-estrutura”, avalia.


