Após uma jornada de compromissos entre reuniões, visitas e palestras a comitiva do governador, liderada pelo vice-presidente da AL, Dilceu Dal´Bosco, secretário de Meio Ambiente Luiz Henrique Daldegam, secretário Extraordinário de Projetos Estratégicos Clóves Vetoratto, presidente da Fiemt Mauro Mendes, presidente da Aprosoja Rui Prado, secretária de Ação Social Terezinha Maggi, retornaram ao Estado. Foram 15 dias de negociações e atividades com o objetivo de trazer novas alternativas de recuperação do desmatamento em Mato Grosso e novos conhecimentos na área de pesquisa de grãos e usinas de biocombustível. Durante coletiva realizada na manhã desta quinta-feira (10), no Palácio Paiaguás, o governador Blairo Maggi e a comitiva esclareceram as articulações que foram realizadas durante a viagem.
O vice-presidente da AL, deputado Dilceu Dal´Bosco, voltou com muitas idéias e projetos para serem discutidos com a Comissão de Meio Ambiente, da Casa o qual preside. O parlamentar ressaltou que durante encontro com dirigentes da Ong The Nature Conservancy (TNC), foi sugerido um estudo que vise a remuneração dos proprietários de áreas de florestas para que eles não desmatem o que eles teriam por direito – que segundo lei, é permitido o desmate de 20% de áreas de florestas e 35% de áreas de cerrado -, e assim contribuíssem para a preservação desses biomas. “Esta é uma estratégia que vai ajudar na preservação do meio ambiente, tendo em vista que o aquecimento global é um dos assuntos do momento”, disse Dilceu.
O governador foi contundente ao afirmar que não pretende criar novas áreas de preservação no Estado, a menos que tenha dinheiro para pagar as indenizações decorrentes de tal ato. A maior dificuldade em questão é que 70% das terras do MT são privadas, considerando dificuldade a mais nos projetos de preservação ambiental do governo. Um fato comemorado entre a comitiva foi a possibilidade do Banco Mundial (BID) estar financiar a construção de rodovias para produtores rurais, cujos custos são divididos entre o governo e esses produtores rurais, por meio do Fethab.
Pesquisas realizadas pela Universidade de Illinois sobre a produção de etanol a partir do milho e de dejetos de suínos, deu subsídios para o governador e para o parlamentar Dilceu. Ele credita na potencialidade de Mato Grosso na exploração do biocombustível por meio dessas matérias primas. “Estarei apresentando na Assembléia um projeto de lei que visa beneficiar os produtores e criadores de suínos e aves, que será nossa futura fonte de economia”, enfatizou Dilceu.
Além do mais, a universidade vai fornecer a Fundação Mato Grosso e Embrapa cerca de 20 mil grãos para desenvolver pesquisas de melhoramento genético e aumento da produtividade.