O vice-presidente da Assembléia Legislativa, deputado Zeca D´Ávila (PFL) atribuiu a possível falência do setor madeireiro às políticas implementadas pelos governos federais e estaduais. A análise do deputado teve como base, as declarações do presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (FIEMT), Nereu Passini, que admitiu o fim das madeireiras a partir do ano que vem.
Na avaliação de D´Ávila, a situação de clandestinidade que leva a sonegação de impostos tem ocorrido devido a burocracia e altas taxas cobradas pelos órgãos como SEMA e IBAMA. “Esses setores fazem pouco pelo setor. Apresentou resultados insatisfatórios para reverter o quadro que se instalou sobre o ramo que mais contribuiu para a economia de Mato Grosso”, disse Zeca.
De acordo dados do Centro Internacional de Negócios (CIN) da FIEMT, o histórico das exportações mato-grossenses publicadas em jornais de Cuiabá vive período de dificuldades. O setor florestal participou com 4,45% dos negócios internacionais de janeiro a outubro deste ano, com redução de 1.5% em relação ao mesmo período do ano passado, quando a contribuição foi de 5,95% e no ano inteiro, 6,37%. “Antes a realidade permitia tranqüilidade ao setor, mas com a burocracia e as medidas criadas nos impostos a situação tem sido essa que presenciamos. Por isso os madeireiros a estão impedidos de trabalhar”, disse o parlamentar.
Segundo o parlamentar, caso o Estado fosse flexível às propostas de redução dos impostos e a queda da burocracia, a situação poderia estar melhor para a categoria. “O Estado tem que ser menos ‘faminto’ que o Leão e usar da flexibilidade para socorrer os madeireiros”, analisou o peefelista.
O estadual afirmou que a Sema e o IBAMA não se esforçam para amenizar a situação da classe madeireira. “Vejo a situação com pessimismo para o ano que vem”, disse.