O deputado federal Coronel Assis (União) disse, em entrevista na sede do Só Notícias, hoje, que a missão da oposição é não deixar que o governo Federal aparelhe a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que investiga o esquema de descontos fraudulentos no INSS, “para não acabar em pizza”. “A gente fala que esse escândalo talvez seja um dos maiores escândalos da história. Eu acho que o mensalão é troco de bala, o petrolão é troco de bar, esse último que foi a Lava Jato, talvez um roubo de mesada, mas essa situação é um roubo gigantesco, de uma forma muito covarde, nefasta. Quando você desconta de 40 a 90 reais de um senhorzinho, de uma senhorazinha, ele nem vai atrás e há anos que eles estão fazendo isso”, afirmou.
Na visão do parlamentar, uma provável CPMI, que tem estrutura mista com deputados federais e senadores, pode ser aparelhada por mais parlamentares da esquerda como o governo Lula quer, “como aconteceu com aquela coisa que era a CPMI do 8 de Janeiro, onde foi nomeado um presidente que era um centrão e o outro relator que era da esquerda. Então a ideia nossa é tentar nesse primeiro momento promover o equilíbrio de forças ali, para pessoas isentas, que queiram investigar isso”.
O escândalo do INSS revelou, em abril deste ano, esquema de fraudes que movimentou mais de R$ 3 bilhões e afetou milhões de aposentados e pensionistas em todo país. O esquema, descoberto por relatórios confidenciais da Controladoria-Geral da União (CGU), envolve associações que descontam valores diretamente das aposentadorias e pensões sem autorização dos beneficiários. A Polícia Federal estima que 4,1 milhões de beneficiários foram prejudicados, com um prejuízo de 6,3 bilhões de reais entre 2019 e 2024. A operação “Sem Desconto” da PF resultou na prisão de suspeitos, afastamento de servidores e bloqueio de bens e valores e o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, pediu demissão após ser responsabilizado pelo caso.
Receba em seu WhatsApp informações publicadas em Só Notícias. Clique aqui.