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Deputada defende indiciamento de 18 pessoas por desvios no MT Saúde

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O relatório paralelo da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do MT Saúde, apresentado pela deputada Luciane Bezerra (PSB), quer o indiciamento de 18 pessoas e duas empresas, que segundo ela causaram o rombo de R$ 25 milhões nas contas do plano. Com 1.362 páginas, a síntese do voto em separado foi apresentada, hoje, e será lida na próxima sessão. Embora não tenha revelado a identidade destas pessoas, adiantou que ex-secretários fazem parte da lista.

Ao apresentar o voto, já encaminhado aos integrantes da comissão, a parlamentar ressaltou que as denúncias utilizam os mesmos documentos recolhidos durante a Comissão. “Acho que o relator, deputado Emanuel Pinheiro (PR), pecou na parte indiciativa. Fizemos uma análise do relatório e, confrontando com a documentação existente, achamos indícios contra estas 18 pessoas”.

Além do pedido de indiciamento, a deputada defende que haja uma investigação mais ampla, por parte do Ministério Público Estadual (MPE), que receberá uma cópia do voto em separado. “Existem indícios de que o rombo seja maior do que os R$ 25 milhões”. Os desvios ocorreram por contratos feitos sem licitação, sem auditoria, além de gastos não comprovados, segundo a parlamentar.

Luciene elogiou o trabalho de Pinheiro, que propôs medidas para a reestruturação do plano. “Neste aspecto, ele foi perfeito, tenho que concordar. Tanto que não disse nada neste sentido em meu relatório”.

O presidente da comissão, o deputado Walter Rabello (PSD) optou por dar uma semana de prazo a Pinheiro. A intenção é que o relator analise o material juntado por Luciane e, se achar necessário, incluir itens no texto final. “Podíamos ignorar este voto em separado, mas, democraticamente, optamos por analisar o trabalho da deputada. Adianto que mesmo que não haja mudança no relatório, o voto em separado será encaminhado para as autoridades competentes”.

A próxima sessão, em que enfim o relatório final da CPI será votado, está marcada para o dia 2 de julho.

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