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Depoente cita pagamento de propina para ex-secretário de Educação; Ságuas nega

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A juíza titular da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda, ouviu a primeira testemunha de acusação da ação penal decorrente da operação Rêmora. José Henrique Marimon Stephan, funcionário de uma construtora que teria participado de reuniões para tratar de licitações dentro da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), disse que parte do dinheiro das fraudes ajudou a custear a campanha do deputado federal Ságuas Moraes (PT). “Isso começou em 2013. O meu patrão falou uma vez que o dinheiro era para um deputado, para a campanha dele. O Ságuas Moraes”.

Stephan trabalhava na Construtora Sanepav e diz que foi enviado pelo patrão (Mário) para participar da uma reunião sem saber qual seria o teor da conversa. Ele afirmou que ao chegar ao local descobriu que o assunto a ser tratado eram obras que ainda seriam licitadas e ele não teve interesse em participar. De acordo com ele, os empresários combinaram a distribuição das obras e que após o desfecho dos certames teria que ser pago um valor pessoal conforme as medições. Stephan confirma sobre uma reunião ocorrida em 2015, na qual os envolvidos iam combinar detalhes sobre as licitações e pagamento de propina.

Conforme o ouvido, a construtora já tinha contrato com o Estado desde o governo passado para executar obras lançadas pela Seduc. A testemunha confirmou que quem cobrou valores em propina do patrão dele para participar do certame foi o empresário Giovani Belatto Guizardi. O empresário Luiz Fernando da Costa Rondon, também réu e delator na Operação Rêmora, estava presente na reunião. Stephan relatou que em um dos encontros com Guizardi, foi avisado que caso a empresa de seu patrão (Mário) quisesse receber pelas medições já realizadas deveria pagar 5% em propina.

Outro lado – o deputado federal Ságuas Moraes (PT), que foi secretário da Seduc, afirmou em nota que deixou a secretaria em outubro de 2013, quando reassumiu o mandato de deputado federal e concorreu à reeleição em 2014. “Durante a campanha o deputado pediu doações a diversas empresas e pessoas físicas. Todas as doações que recebeu estão declaradas na prestação de contas entregue ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) e são de domínio público”. Sobre o “ouviu dizer” da testemunha José Henrique Marimon Stephan, o deputado afirmou que desconhece que alguém tenha procurado qualquer empresa com o intuito de pedir ou receber vantagem indevida.

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