quinta-feira, 28/março/2024
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Denúncias de corrupção mudam quadro político no Brasil

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Desmatamento do Cerrado, da Floresta Amazônica, presidente da Fema – Fundação Estadual do Meio Ambiente preso na Operação Curupira -, corrupção, esquema de “mensalão” no Congresso Nacional, ex-candidato petista que teria recebido propinas em sua campanha. Mato Grosso nestas duas últimas semanas vem sendo o maior destaque no cenário nacional e internacional como centro da picaretagem brasileira. Um cenário tão arrasador pode provocar sérias rupturas no governo estadual e, o que é pior, mudar completamente o quadro eleitoral para o pleito de 2006 onde já se tinha como certa a reeleição do governador Blairo Maggi.

Se o governador conseguiu aplacar a guerra de vaidades que existia dentro da aliança que o elegeu em 2002 e, principalmente entre seus principais articulares – Luiz Antônio Pagot, secretário de Infraestrutura, Otaviano Pivetta, secretário de Desenvolvimento Rural e Percival Muniz, ex-prefeito de Rondonópolis, não está conseguindo deixar de ficar e evidência e de forma rude com relação as seguidas denuncias de irregularidades, desmandos e corrupção que envolve seu auxiliar na mídia nacional e internacional.

Blairo Maggi começou a sofrer um série de desgaste político e ter de conviver com o descrédito junto a opinião pública com as seguidas denúncias publicadas nos principais jornais do mundo, como New York Times de que seria o principal desmatador da Floresta Amazônica e do Cerrado em Mato Grosso. O Grenpeace, organização não governamental que age no mundo todo foi implacável ao acusar o governador como o grande responsável por não respeitar a lei ambiental e promover o desmate para ampliar seus ganhos na plantação e comercialização da soja – é o maior produtor do grão no mundo -.

A situação para o governador piorou com o desencadeamento da Operação Curupira, na semana passada que culminou com a prisão de seu presidente da Fema – Fundação Estadual de Meio Ambiente -, Moacir Pires. Acabou preso justamente aquele que tinha a obrigação de fazer cumprir a lei ambiental, de evitar o desmate e punir os fazendeiros que em prol do aumento do ganho com seus produtos, estavam acabando com o Cerrado e a Floresta.

Para culminar, o deputado federal do Rio de Janeiro, Roberto Jefferson, envolvido no escândalo de corrupção da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, acusou o deputado federal mato-grossense Pedro Henry, do PP de ter sido um dos principais favoritos com o mensalão do governo Lula que distribuía R$ 30 mil por mês para cada deputado do PP e PL. Henry, é um dos principais aliados de Blairo no Palácio Paiaguás.

Em meia a tantas denuncias desfavoráveis, a falta de pulso do governador e ao descrédito que começa a se transformar seu governo, os aliados, principalmente o PFL já fala em tomar novos rumos para as próximas eleições. Pelo movimento dos bastidores é quase certo que Blairo Maggi e seu PPS sejam obrigados a caminhar sozinhos no próximo pleito.

Irritado com a prisão de Moacir Pires, ligado ao PFL e com a decisão do governador em não dar apoio algum ao ex-presidente da Fema, o Senador Jonas Pinheiro disse neste final-de-semana que vai organizar uma reunião com os principais caciques do partido. O objetivo é exigir uma tomada de posição e explicações mais sérias e objetivas do governo com relação a Operação Curupira. Interlocutores de Jonas Pinheiro e Jaime Campos entendem que Blairo Maggi não deveria ter tomado a posição que tomou, relegando um de seus principais funcionários à prisão sem lhe dar nenhum direito de defesa. “Vamos apurar o caso, saber tudo o que aconteceu e exigir que o governador tome uma posição mais clara”, chegou a disparar Jonas Pinheiro.

Nos bastidores, os partidos que ainda estão aliados ao governador se articulam e não descartam abandonar o barco, montando uma nova aliança, entre PFL e PP, aliados a outros partidos para disputar o pleito de 2006, onde acreditam que o principal adversário não será mais Blairo Maggi, mas sim o PSDB, que vem se articulando e se preparando para disparar sua metralhadora giratória contra o governo Maggi.

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