A defesa do ex-deputado federal mato-grossense Pedro Henry (PP) deve pedir à Justiça, nos próximos dias, autorização para que ele exerça trabalho externo. A medida é pleiteada já que sua condenação, de sete anos e dois meses de prisão, é em regime semiaberto, ou seja, ele pode trabalhar durante o dia e apenas se apresentar no período noturno da cadeia.
O juiz da Vara de Execuções Penais, Geraldo Fidélis, em entrevista ao G1, afirmou que Henry deverá cumprir sua pena na Gerência Estadual da Polinter, em Cuiabá. Segundo o magistrado, lá seria o melhor local para o cumprimento da pena em sistema semiaberto sem qualquer tipo de preferência ou regalias. A data da transferência ainda não foi definida.
Conforme Só Notícias já informou, o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, autorizou, ontem, a transferência de Pedro Henry para uma unidade prisional de Mato Grosso. O pedido foi aceito devido a ele ter mulher e um filho, menor de idade, morando na capital.
Atualmente, o ex-parlamentar mato-grossense está detido na penitenciária federal da Papuda, em Brasília, desde o dia 13 deste mês. Neste dia ele se entregou à Polícia Federal do Distrito Federal, após o STF decretar sua prisão. Ele foi condenado a sete anos e dois meses de prisão por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo que ficou conhecido como mensalão (no qual parlamentares federais recebiam dinheiro de membros do governo Lula para votar projetos).
Antes de se entregar à polícia, Henry renunciou ao mandato e, com isso, evitou sua cassação. Em seu lugar, na Câmara Federal, assumiu o empresário sinopense Roberto Dorner (PSD), que ocupava a primeira suplência.