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Decisão do Senado sobre impeachment deve sair na madrugada e maioria até agora é favorável; assista

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A sessão no Senado, para decidir se vai ser admitida a admissibilidade do impeachment da presidente Dilma, deve terminar nesta quinta-feira de madrugada porque a maioria dos senadores não se pronunciou. A sessão começou pela manhã, teve dois intervalos. Até agora, a maioria dos 31 senadores que discursaram se manifestou favorável ao relatório para afastar a presidente acusada de cometer crimes de responsabilidade.

De Mato Grosso se pronunciou, até agora, o senador José Medeiros se posicionando pelo afastamento de Dilma. Já discursaram os senadores Ana Amélia (RS), Aloysio Nunes (SP), Marta Suplicy (SP), Ataíde Oliveira (TO), Ronaldo Caiado (GO), Zeze Perrella (MG) e Lúcia Vânia (GO), Magno Malta (ES), Ricardo Ferraço (ES), Romário (RJ), Telmário Motta (RR), Sergio Petecão (AC) Dario Berger (SC), Simone Tebet (MS), Cristovam Buarque (DF), Angela Portela (RR), José Maranhão (PB) e Jose Agripino (RN), Jorge Viana (AC), Acir Gurgacz (RO), Fatima Bezerra (RN), Eduardo Amorin (SE), Aecio Neves (MG), Wilder Morais (GO), Alvaro Dias (PV-PR), Waldemir Moka (PMDB-MS), Roberto Requião (PMDB-PR), Marcelo Crivella (PRB-RJ), Randolfe Rodrigues (REDE-AP) e Lasier Martins (PDT-RS).

José Medeiros (PSD) foi o segundo a usar a tribuna, pela manhã, no plenário do Senado, e destacou todos os pontos de irregularidades cometidos pela presidente Dilma Rousseff (PT) e que foram a base para o pedido de impeachment. Ele também ressaltou que este processo nem leva em questão os recentes escândalos de corrupção no governo, como o caso da Petrobras, e sim apenas as chamadas “pedaladas fiscais”.

O mato-grossense José Medeiros concorda com o relatório da comissão especial que houve irregularidades cometidas pela gestão Dilma como o fato de gastar mais do que poderia, praticar gastos sem a aprovação do Congresso Nacional e também utilizar bancos públicos para pagar por programas sociais. Para ele, o governo acabou, o país está parado e lembrou que a presidente tentou de todas as formas impedir que o processo de impedimento andasse e transformou o Palácio do Planalto em “balcão” oferecendo ministérios a partidos e políticos, porém, sem resultado efetivo.

Os mato-grossenses Wellington Fagundes e Blairo Maggi ainda vão se pronunciar.

Cirstovam Buarque (PPS-DF) disse haver indícios de que os atos tratados na denúncia contra Dilma Rousseff tenham sido sistemática e intencionalmente repetidos, visando maquiar resultados do Tesouro Nacional para impedir que a sociedade brasileira fosse alertada sobre as consequências de tais atos.

A senadora Ângela Portela (PT-RR) declarou seu voto contrário ao prosseguimento do processo de impeachment e disse que o afastamento de Dilma e o novo governo que se organiza vão causar o retrocesso em matéria de direitos sociais. "Estaremos afastando também uma proposta de governo vitoriosa nas urnas e, com ele, um projeto generoso de redesenho da sociedade. É um projeto que prevê inclusão, proteção das minorias, redução das desigualdades, crescimento econômico com justiça".

Magno Malta (PR-ES) disse que "estamos diante de um corpo febril e assaltado por taxas altíssimas de diabetes. O Brasil hoje é como um corpo diabético, um corpo febril, com uma taxa muito alta e com uma perna cheia de gangrena já há muito tempo, pronta para ser amputada. E a lógica é esta: se amputarmos a perna, salvaremos o corpo; em não amputando a perna, comprometeremos todo o corpo".

Telmário Mota (PDT-RR) disse nesta quarta-feira ( 11) que está em curso um "golpe branco", sem "armas de fogo", mas com "caneta, acordos, oportunismos, conchavos e traições". O senador criticou o "ódio e o revanchismo" da oposição, principalmente do PSDB, e do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, que  "não estão respeitando o resultado das urnas".

Caso o pedido de admissibilidade do impeachment for aprovado, a presidente fica afastada, inicialmente, por 180 dias, a partir desta quinta-feira, quando for notificada. Em seguida, o vice, Michel Temer assume.

(Atualizada às 20:51h)

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