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Debate de candidatos ao governo é marcado por críticas

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O primeiro debate entre os quatro candidatos ao governo do Estado, Silval Barbosa (PMDB), Wilson Santos (PSDB), Mauro Mendes (PSB) e Marcos Magno (PSOL), foi marcado por momentos de trocas de acusações e críticas entre eles. A saúde e a educação foram os dois principais pontos criticados na gestão estadual e, em alguns momentos, Silval chegou a ser criticado pelos adversários. No entanto, a troca de farpas ficou mesmo entre os três principais candidatos, o que resultou em três pedidos de respostas concedidas a Silval, Mendes e Santos. Alguns projetos foram colocados à disposição da população.

Os quatro debateram propostas na TV Cidade Verde, afiliada a Rede Bandeirantes, com mediação da jornalista e apresentadora da Band, Silvia Popovic. Só Notícias acompanhou e sintetisou as principais ideias e discussões expostas neste primeiro debate.

A primeira pergunta da mediadora foi o por que de cada um dos candidatos se considera a melhor opção para governar o Estado.

Mauro Mendes – Mato Grosso cresceu muito nos últimos anos e o próximo gestor terá que enfrentar grandes desafios, além de distribuir renda. Ele não se considera melhor, mas diferente por ser empresário e não político de carreira.

Silval Barbosa – Falou da experiência que o credencia. Disse que sua história na politica o faz pensar em continuar a governar Mato Grosso. Segundo ele, por já ter governado um município e ser vice, a experência pode contribuir muito. Colocar em prática a experencia que já acumulou.

Wilson Santos – Mato Grosso passa por um processo de agroindustrialização. O estado tem uma vocação para o campo e tem condição de crescer nos proximos dez anos. Para ele, há a falencia da educação e saúde em Mato Grosso.

Marcos Magno – afirmou que o Estado é lider no agronegócios. No entanto, tem um grave problema nos atuais gestores. Para ele, é preciso é reduzir as desigualdades sociais. A sua candidatura é uma contra-proposta as gestões anteriores.

No segundo bloco, os candidatos fizeram perguntas entre si. O clima esquentou entre Silval e Santos. O bloco inciou com a pergunta de Mendes para Silval. O candidato do PSB perguntou o porquê da saúde ir mal no Estado. Silval afirmou que em 2009, o número de alguns exames atendeu 780 mil pessoas, 10 mil cirurgias, entre outros números. Para Silval, há espaço para avançar mais, com a abertura de hospitais e ajudar a construir o hospital universitário. Ele acredita que até 2014 terá uma saúde de qualidade.

Na segunda pergunta, Silval perguntou a Santos qual era o projeto de infraestrutura no governo dele. O tucano afirmou que é oposição ao peemedebista, pois é um governo para poucos. Segundo ele, em sete anos foram gastos R$ 17 milhões para saúde e gastaram outros R$ 200 milhões em publicidade. Santos afirmou que pretende gastar mais de 50% do Fethab na melhoria das rodovias do Estado. Na réplica, Silval disse que o governo já pavimentou quilômetros de ruas da capital, além de conseguir dinheiro para construir obras com recursos do governo federal, do Dnit.

Na outra pergunta Santos perguntou a Magnos qual era o seu projeto para políticas públicas. O candidato do PSOL alfinetou Santos e Silval, por serem gestores, por não dar as devidas atenções a políticas para educação. Já na pergunta de Magnos para Mendes, o candidato criticou ele e seu vice, Otaviano Pivetta, por serem tão capitalistas. Mendes contou resumidamente sua história empreededora e profissional. Ele afirma que investe nos seus funcionários, na saúde, educação e pretende espandir para todos.

Mendes indagou a Santos sobre a questão do superfaturamento das máquinas. De acordo com o tucano, se ele fosse o governador, faria a anulação e demitiria o secretário como fez quando estourou o escândalo do PAC. Santos perguntou a Silval, o porquê do pouco investimento na saúde por parte do governo do Estado. O peemedebista rebateu o questionamento, ao dizer que a saúde é prioridade na sua gestão. Já na réplica, Santos afimou que a saúde é um caos no interior

O questionamento sobre a promessa de campanha de Wilson sobre terminar o segundo mandato de prefeito foi feito por Marcos Magno. Ao que Santos respondeu que deixou o cargo em boas mãos, se referindo ao seu vice, Chico Galindo. O tucano afimou que se candidata ao governo, pois no cargo poderá fazer muito mais pela cidade se estiver no cargo. No entanto, Magno afimou que a população foi enganada com a promessa não cumprida por parte de Santos.

Santos perguntou a Mendes sobre a questão do equilíbrio fiscal. Para o candidato do PSB é importante manter os compromissos em dia para ter sempre crédito. Ele afirmou prima pelo equilíbrio. Segundo ele, se um gestor é incopetente quem paga a conta é o cidadão. Para ele, Santos e Silval tem perfis identicos.

Magnos perguntou o porquê de Silval ter feito pouco para agregar as regiões de Mato Grosso. Ao que Silval afirmou que o concorrente estava equivocado. Segundo ele, nunca se fez tanto pela habitação e todos os municípios receberam casas, foram construídas escolas. O candidado disse que pretende criar a secretaria das cidades para integrar o Estado.

Três pedidos de respostas são concedidos a Silval, Mendes e Santos.

Mendes – foi combinado que não poderia usar documentos. Eu respeito as regras e a lei. Estou cansado da velha política que está ai há muitos anos.
Silval – foi o Estado que agiu nos casos das máquinas. O crime a justiça é quem vai decidir.
Santos – se é documento tem que ser mostrado. Há uma auditoria que aponta que o Estado tira R$ 55 milhões por ano da saúde.

No quarto bloco os jornalistas da emissora fizeram perguntas aos candidados.
A primeira quesão abordou a infraestrutura no agronegócio. Os produtores sem ter como estocar tem que vender no alge da produção quando os preços estão altos. Para Santos, o preço é caro em Mato Grosso. Ele acredita ser necessário investir mais em infraestrutura. Hoje não tem a necessidade de fazer estocamento, pois a venda é antecipada. Para Silval, nossos produtores são heróis. Pretendemos terminar a BR-163 e a ferrovia Centro-Oeste. Nunca as rodovias estão tão boas como agora.

A segunda pergunta foi sobre como será tratada a educação na gestão. Mendes afirmou que isso é a triste realidade de Mato Grosso. Como governador pretendo colocar o Estado entre as dez primeiras na educação no país, investindo em qualificação profissional, por exemplo. Magnos disse que é lamentável a atual situação do professor e das escolas atuais. Não há um foco para investir na educação. Para ele, a educação não é prioridade dos gestores.

O terceiro questionamento foi sobre a infraestrutura para recebimento da Copa do Mundo em 2014. Para Magno, falta infraestrura e há a possibilidade de não conseguir entregar as obras a tempo. Já Wilson afirma que a Copa tem que ser para vender Mato Grosso. O turismo seria uma forma de gerar recursos para o Estado.

Na quarta e última questão foi abordada a violência no Estado. Silval lembrou da operação na fronteira que desarticulou o tráfico na fronteira. Haverá pontos integrados de segurança com parceria com o governo federal. Ele também lembrou das várias operações que estão acontecendo no Estado contra o tráfico. Para Mendes, é preciso saber administrar. Segundo ele, há pouco mais de 4 mil nas ruas no Estado. Ele afimou que segurança não é só colocar bandido na cadeia, mas dar educação para a população.

O quinto bloco foi destinado para as considerações finais dos quatro candidatos, que ressaltaram seus projetos caso sejam eleitos.

(Atualizada às 07h29 em 13/8)

 

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