O presidente do diretório estadual do PSD, o ex-vice-governador Chico Daltro, negou qualquer interferência da Executiva Nacional da legenda quanto ao futuro da direção do partido no Estado. Segundo ele, uma normativa acerca disso só deve ser editada em 30 de junho, quando terminam os mandatos dos atuais presidentes estaduais.
“O diretório não manifestou nada a respeito da indicação de pessoas e não existe nenhuma objeção, da minha parte, quanto a candidatura de nenhum membro do PSD”, afirmou, em referência ao suposto convite que a nacional teria feito ao ex-deputado federal Roberto Dorner para assumir o partido em Mato Grosso.
Alvo de críticas por parte de prefeitos que avaliam a legenda como “sem rumo” nos últimos meses, Daltro garantiu que vem desempenhando seu papel como presidente e que o PSD está “organizado e rigorosamente em dia com a Justiça Eleitoral”. Para ele, as queixas não passam de um processo natural tendo em vista a aproximação do fim do prazo para a filiação daqueles que tiverem interesse em disputar a eleição do ano que vem.
“Não vejo maldade [nas críticas]. Quando chega essa época é normal que um ou outro cobre mais atuação, mas não tinha movimentação porque temos que seguir um calendário que ainda não existe. Que outro partido se movimentou nesses últimos meses? O processo começa agora”, justifica, afirmando que o cronograma precisa partir da Executiva Nacional.
Daltro também disse não acreditar em uma possível debandada de prefeitos e deputados estaduais da legenda, como chegou a ser cogitado nos últimos dias. Segundo ele, a agremiação está bem organizada nos municípios e os possíveis candidatos, em especial os à reeleição, têm força para alcançar esse objetivo, que acabaria prejudicado no caso de uma troca de legenda.