A crise no Ministério dos Transportes e o consequente afastamento de Luiz Antônio Pagot da direção-geral do Dnit trouxe preocupação para Mato Grosso, pois na atualidade existem muitas obras em andamento que são importantes e fundamentais para o Estado e para a realização da Copa do Mundo, como as obras de mobilidade urbana que preveem recursos da ordem de R$ 370 milhões na Grande Cuiabá e que vinham sendo executadas pelo Dnit.
Por ser um Estado com dimensões continentais de 9 milhões de quilômetros quadrados, a maior carência de Mato Grosso se resume em rodovias e estradas, até porque o potencial de uma safra agrícola padece e perde valor por causa do frete encarecido graças à falta de estradas trafegáveis e de sistemas alternativos do modal de transporte, como ferrovias e hidrovias, todas elas ligadas diretamente ao Dnit.
O governador em exercício, Chico Daltro (PP), exprimiu com preocupação o fato de Mato Grosso perder um importante aliado que potencializou muitas obras nos últimos anos e defendeu que o Partido da República, responsável pela indicação de Luiz Antônio Pagot unisse força com os demais partidos aliados e a bancada federal no sentido de manter na direção-geral do Dnit um indicado de Mato Grosso, Estado responsável hoje pelo equilibro da balança comercial brasileira.
O governador cobrou ainda que seja garantido a todos o direito à ampla defesa, condenando a onda de denuncismo exagerado e exacerbado, mas defendendo a rigorosa apuração dos fatos que se não forem comprovados terão que gerar punições para quem as faz sem comprovação.
"É muito difícil a situação vivida, mas acredito que as coisas vão se acalmar e que o diretor-geral do Dnit é capaz de dar explicações convincentes de todos os fatos envolvendo o Ministério dos Transportes como um todo", disse Chico Daltro.
