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Cunha não deverá fazer oposição na presidência da Câmara, dizem ministros

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Apesar de ter anunciado o rompimento com o governo federal, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), não deverá fazer oposição ao governo, disseram hoje (23) os ministros da Defesa, Jaques Wagner, e da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, durante visita à base naval da Ilha de Mocanguê, no Rio de Janeiro.

“O posto dele [de presidente da Câmara] é um posto de magistrado. Quem senta na cadeira de presidente da Câmara, que é o terceiro na sucessão do país, tem a consciência – e tenho certeza de que o deputado Eduardo Cunha a tem – que aquele posto não é um bunker da oposição nem um bunker do governo, disse o ministro Jaques Wagner, acrescentando que ali senta-se um magistrado que administra uma das instituições mais ricas da democracia, exatamente por haver a convivência dos diferentes.

Wagner afirmou que, assim como quando ele (Eduardo Cunha) era da base e não conduziu a favor do governo, agora, mesmo sendo oposição, tenho certeza de que ele não conduzirá pelos interesses da oposição.”

O ministro Aldo Rebelo disse que, até o momento, como presidente da Câmara, Cunha teve um comportamento em que lidou com os outros poderes com “independência, mas com harmonia”. “Se fosse pautado apenas pela sua recentemente declarada inclinação oposicionista, o governo não teria aprovado todas as medidas relacionadas ao ajuste fiscal. Matérias importantes para o governo e o país foram aprovadas na gestão do presidente Eduardo Cunha.”

Jaques Wagner disse que a perda de um aliado não é desejável, mas ressaltou que foi uma decisão pessoal de Cunha. “Espero que possa haver uma reflexão, que se superem as dificuldades. Mas agora vamos encarar com um dado da realidade." De acordo com o ministro, o governo continuará negociando com o PMDB e com outros partidos.

Os dois ministros estiveram no Rio de Janeiro para visitar o navio de pesquisas Vital de Oliveira, recentemente adquirido pelo governo em parceria com a mineradora Vale e a estatal Petrobrás, que auxiliará em pesquisas na costa brasileira. O navio foi entregue à Marinha brasileira em março deste ano, em Cingapura, e chegou ao Brasil no último dia 15.

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