O vereador Toninho de Souza (PSD) usou a tribuna da Câmara de Cuiabá, esta manhã, para negar que a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Maquinários seja instrumento de pressão para que a prefeitura aumente o repasse do duodécimo ao Legislativo. Responsável por presidir os trabalhos de investigação sobre a locação de maquinários pela atual administração, o parlamentar fez questão de destacar que a instauração da CPI cumpriu todos os ritos, contendo nove assinaturas de vereadores, já foi publicado no Diário Oficial e a primeira reunião de trabalho está marcada para a sexta-feira (30), às 9h, no Plenarinho da Casa.
Com atuação independente no Legislativo cuiabano, Toninho afirmou que a CPI não será usada politicamente como vem acusando parlamentares da bancada de sustentação do prefeito Mauro Mendes (PSB). De acordo com o vereador, na condição de presidente, os trabalhos serão tocados de forma correta, séria, sustentada juridicamente pelos advogados da Casa e não é nenhuma “caça a bruxa” ao prefeito da capital mato-grossense.
“A CPI dos Maquinários foi instaurada por que há razão. Há vários indícios de irregularidades. Mas iremos trabalhar para vermos se há mesmo algo errado. Nesse momento, não podemos apontar nada, já que os trabalhos estão começando agora. Eu não sou presidente da Câmara Municipal. Não brigo por duodécimo e meu salário aqui está em dias. Não tenho nenhum interesse financeiro nesse trabalho”, afirmou Toninho, que se comprometeu em entregar os trabalhos no prazo de 120 dias. “A CPI é um caminho sem volta”, complementou.
Da bancada de oposição ao prefeito Mauro Mendes, Toninho de Souza confirmou que o chefe do Executivo e o secretários de Obras Marcelo de Oliveira já foram notificados da instalação da CPI dos Maquinários.