PUBLICIDADE

Cuiabá: Silval acompanha agora depoimentos no processo que culminou com sua prisão

PUBLICIDADE

O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) deixou, no início da tarde, a cela do centro de detenção, e foi ao Fórum de Cuiabá, onde acompanha, neste momento, depoimentos das testemunhas de defesa no processo onde é acusado, juntamente com os ex-secretários Pedro Nadaf (Casa Civil) e Marcel de Cursi (Fazenda) de receber propina de empresas em troca de concessão de incentivos fiscais durante seu governo.

Advogados chegaram a pedir a suspensão da audiência alegando várias situações como a ausência do ex-secretário Eder Moraes (que também está preso) alegando que ele fez retratação pública de algumas acusações e a defesa do ex-procurador Francisco Lima alegou que não estava no processo microfilmagem de cheque de R$ 500 mil. A juíza Selma Arruda, que conduz a audiência, não aceitou os argumentos e mantém os depoimentos de 10 testemunhas.

No início da sessão, os advogados pediram para constar se o empresário João Batista Rosa, seria ouvido na condição de vítima ou acusador. João é o delator do esquema. O Ministério Público esclareceu que o empresário deixou de ser indiciado na ação penal, por conta do acordo de delação premiada pois "vivenciou diversas práticas que foram descritas durante a denúncia".

Ele disse, em depoimento anterior, que repassava dinheiro para Pedro Nadaf por conta dos incentivos fiscais que suas empresas obtiveram, que procurou Nadaf para tentar receber cerca de R$ 2,5 milhões em créditos de ICMS do governo. Nadaf agendou uma reunião com Marcel Cursi, que sugeriu que o incentivo fosse concedido desde que houvesse a desistência dos créditos. Após o acordo, Rosa conta que foi procurado por Nadaf. “Precisamos de R$ 2 milhões porque nós ainda temos dívidas de campanha”, teria dito o ex-secretário. Além da desistência dos créditos, o empresário teria repassado outros R$ 2,6 milhões, em parcelas mensais.

Os advogados Francisco Faiad, Fabiano Rabaneda e Valber Melo acompanham Silval e não permitiram que fotógrafos e cinegrafistas fizessem imagens do ex-governador, no fórum. Foi pedido para a juíza para que a imprensa não ficasse na sala, mas ela não atendeu a solicitação, que também havia sido feita pela defesa de Cursi. Porém, não permitiu que fossem feitas fotos ou gravadas imagens deles. Antes do depoimento de João começar, o advogado de Silval, Francisco Faiad, disse que hoje é um dia crucial para a defesa demostrar "que não há nenhuma prova contra ex-governador".

Tanto Silval quanto Pedro Nadaf e Marcel Cursi tiveram vários pedidos de liberdade negados pelo Tribunal de Justiça, Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal (últimos em dezembro).

A juíza acabou atendendo pedido dos advogado para analisar as provas e concedeu 5 dias. Ela marcou as oitivas para o próximo dia 29.

(Atualizada às 16:21hs)

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Sorriso: Gerson encabeça chapa única para presidir a câmara

A eleição para a mesa diretora da câmara municipal,...
PUBLICIDADE