O procurador aposentado Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, o “Chico Lima” (foto à esquerda) negou que tenha integrado uma quadrilha durante a gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e acusada de desviar R$ 7 milhões na compra irregular de uma área. A declaração foi dada, esta tarde, durante audiência de instrução e julgamento presidida pela juíza da 7ª Criminal de Cuiabá, Selma Rosane Santos Arruda.
“Se isso é organização criminosa, acredito que o que ocorreu na Seduc também é uma organização criminosa que paira sobre o atual governo”. Ele faz referência à operação Rêmora que desmantelou um esquema de fraudes a licitações na Seduc no atual governo de Pedro Taques (PSDB) e que resultou na demissão de Permínio Pinto (PSDB) do cargo e que atualmente está preso sob acusação de chefiar o esquema.
Chico Lima garantiu que nunca se reuniu com o ex-governador Silval Barbosa para tratarem de levantar dinheiro de forma ilegal para custear dívidas políticas. "Nunca falei com o Silval Barbosa e nem com o pessoal da Sema sobre esse negócio. Eu tratava direto com o Pedro Nadaf sobre isso".
O procurador relatou ao promotor Marcos Bulhões que o ex-secretário chefe da Casa Civil, Pedro Nadaf, um dos réus na ação penal, o informou que precisavam levantar o dinheiro para pagar uma dívida de campanha. Ele disse não se recordar de detalhes sobre o tamanho da área vendida pelo cunhado dele ao Estado. Argumentou que não se lembra de fatos ocorridos há mais de 6 anos.
Chico Lima também negou ter dado qualquer parecer no processo de desapropriação do terreno que pertencia ao cunhado dele. Agora volta a reclamar do tratamento que recebeu na Delegacia de Roubos e Furtos. Diz que viu no celular de um agente uma mensagem enviada pela delegada para que ele fosse levado para a Delegacia de Roubos e Furtos.