O prefeito Wilson Santos, os representantes do Sindimed – Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso, o procurador de Defesa da Cidadania, Edmilson da Costa Pereira, e do promotor da 7ª Vara Cível, Alexandre de Mato Guedes, se reuniram hoje, na sede da Procuradoria Geral de Justiça de Mato Grosso, em audiência agendada pelo Ministério Público, para reavaliar as propostas e contrapropostas com relação ao Pronto Socorro de Cuiabá.
Wilson reconheceu os problemas que os profissionais têm e disse que a prefeitura não tem caixa para bancar o aumento solicitado. "Sei das dificuldades que enfrentam para cumprir seu trabalho da forma desejada. Sei que é injusto receberem R$ 5 por consulta (SUS) e apenas R$ 60 por parto. Mas esta é uma tabela do governo federal. Não é nossa".
Conforme o gestor, o objetivo da reunião é buscar o consenso entre as partes: "A população de Cuiabá está em primeiro lugar, sempre. Nossas contas estão à disposição do Sindimed e do Ministério Público, pois temos transparência nos números".
Os 14 itens elencados pelo Sindimed – salienta Santos – são passíveis de análise meticulosa por parte do Poder Público Municipal. Ele entende que mais de 70% das reivindicações desses itens já foram atendidas integralmente ou parcialmente. "Estamos dispostos a analisar um por um. Só não admitimos discutir a exoneração do secretário. E nem concordamos com aumento salarial".
A intenção da prefeitura é buscar um entendimento com o Sindimed, disse Wilson. "Vamos reconstruir pontos que não foram atendidos. E nosso desejo é de que o Ministério Público seja o árbitro dessa questão. Fechar um acordo satisfatório é também a intenção do Município, pois a população de Cuiabá não pode ficar mais prejudicada", acentuou.
Os médicos apontam, além da defasagem salarial, falta de condições para atender melhor as pessoas. Em algumas unidades de atendimento faltam equipamentos adequados, insumos, materiais, e a existência de aparelhos quebrados.
"Estas carências é uma das principais razões do movimento deflagrado pela categoria", aponta o sindicato dos médicos.