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Cuiabá: Lúdio e Mauro polarizam debate em emissora de TV

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Na reta final da campanha eleitoral, o segundo debate da TV Record/Canal 10 confirmou a polarização da disputa entre os candidatos que lideram as pesquisas de intenção de votos. Os adversários concentraram seus ataques e questionamentos a Lúdio Cabral (PT) e Mauro Mendes (PSB), os mais perguntados no primeiro bloco.

Mais embativo que propositivo, assuntos recorrentes, como o discurso de alinhamento com os governos estadual e federal adotado pelo petista e o benefício de incentivos fiscais recebidos por Mendes deram o tom do confronto, mas o ponto mais atacado, de forma geral, foi em relação aos apoios obtidos por cada um dos candidatos.

O clima esquentou logo no primeiro bloco, recheado por troca de farpas. Guilherme Maluf (PSDB) abriu a rodada de perguntas indagando ao petista sobre o custeio da vinda do vice-presidente Michel Temer (PMDB) para ato político em um jatinho de uma empreiteira que possui contratos com o governo federal. Na sequência, voltou-se para Mendes questionando sobre os incentivos fiscais que sua empresa recebeu.

Carlos Brito (PSD) seguiu os passos do tucano e escolheu Lúdio e Mendes, no entanto, mirou no empresário com o intuito de acertar o petista, para quem disparou uma crítica sobre o projeto de alinhamento com o governo Silval Barbosa (PMDB). Ao socialista, ele lembrou de sua participação na extinta Agecopa, onde protagonizou embate direto com o ex-secretário Eder Moraes, que atua como voluntário na campanha de Lúdio.

Mendes aproveitou a deixa para ressaltar que tem orgulho de ser apoiado pelos senadores Blairo Maggi (PR) e Pedro Taques (PDT) enquanto outros candidatos optavam por "esconder seus apoiadores investigados em ações de improbidade administrativa".

Quando chegou sua vez de questionar, devolveu a pergunta a Maluf apontando que ele estaria em dívida com o pagamento do IPTU. "Se o senhor fosse uma pessoa mais preparada veria que o CPF e a inscrição mostradas na denúncia não batem com os meus", respondeu o tucano, dando sinais de seu nervosismo.

O empresário também escolheu seu principal adversário para protagonizar um dos momentos mais quentes do debate, quando o questionou sobre o alinhamento nas ações de saúde, diante do modelo adotado pelo Estado, combatido por Lúdio. Em resposta, o petista foi enfático ao dizer que o adversário demonstrava desespero por não conseguir conter a queda nas pesquisas de intenção de voto e ainda atribuiu ao empresário a autoria pela distribuição de panfletos apócrifos contra sua campanha.

No uso do direito de resposta, Mendes ressaltou que também foi vítima de armações mas que não faria acusações sem provas.

Procurador Mauro (Psol) também escolheu os líderes nas pesquisas para direcionar suas perguntas e lembrou a Mendes o escândalo do Maquinário, deflagrado no governo Maggi. O empresário, por sua vez, tentou jogar a bola para seu adversário, dizendo que a apuração do caso deveria servir de exemplo tal qual o julgamento do Mensalão, citando a participação de membros do PT.

Sem a possibilidade, de acordo com as regras do debate, de voltar a questionar os mesmos candidatos, nos demais blocos, os adversários usaram a estratégia de mirar em um para acertar outro e os ânimos acalmaram. Brito, por exemplo, questionou Maluf, de forma velada, sobre a participação de Eder na campanha de Lúdio. Além de atacar a participação do ex-secretário na campanha petista, o tucano voltou-se para Mendes acusando-o de usar a Fiemt para gerar benefícios eleitoreiros.

Outro subterfúgio utilizado pelos candidatos foi ocupar o tempo de réplica e tréplica com a apresentação de seus projetos e o tema mais escolhido foi a saúde.

O desempenho dos candidatos no confronto se mostrou diferente da expectativa apresentada em suas chegadas. Lúdio, que foi o primeiro, pregava um debate propositivo, mas não furtou-se em rebater ataques e, por diversas vezes, afirmar que seu adversário estava desesperado.

Maluf, que na última semana tem declarado textualmente que pretende combater o que chama de política de meias-verdades, segundo ele praticada por Mendes, afirmou que o confronto ao vivo era o momento certo para apresentar os fatos ao povo, mas sem conseguir esconder o nervosismo, titubeou e perdeu o tom enfático de suas perguntas.

Brito bem que tentou levantar a discussão sobre aborto e liberação das drogas pelo qual vem atacando o PT, mas não conseguiu respaldo dos outros candidatos e Procurador Mauro se propôs a mostrar que seus adversários não representam mudança, pois já participam, de uma forma ou de outra, da vida pública.

Acompanhado de Taques, Mendes chegou tranquilo dizendo que o preparo para um debate, independentemente da reta final da campanha, deve ser feito ao longo da preparação para administrar a cidade.

Ao final, os candidatos foram unânimes ao afirmar que o debate pode ser uma ferramenta para que o eleitor avalie quem tem as melhores propostas. De acordo com o candidato do Psol, ao apresentar as contradições de seus adversários, ele contribui com a decisão do eleitor.

Para Maluf, é normal que o processo esquente nesse momento da campanha, mas a população pôde fazer a avaliação de quem tem propostas sérias. Mendes reconheceu que na reta final é normal ter os ânimos um pouco mais acirrados, mas avalia que não viu ataques no confronto. "Aquilo que é verdade deve ser dito pois o eleitor tem direito de conhecer seu candidato".

Segundo Brito, o eleitor que assistiu os 2 debates teve condições de ver a mudança de posicionamento de acordo com a conveniência. "Já no primeiro bloco descarregaram toda a artilharia contra mim, mas tive a oportunidade de apresentar propostas", avaliou Lúdio. Ele afirma contudo, que este debate foi mais tranquilo que o anterior.

A TV Record/Canal 10 realizou o primeiro grande debate entre os candidatos à Prefeitura de Cuiabá no dia 14 de setembro, de forma inédita, em período diurno. Ontem, os candidatos voltaram a se encontrar em um cenário diferente apontado pelas pesquisas de intenção de voto, já que Mendes aparecia como líder e agora, divide o posto com Lúdio, numa indicação clara de segundo turno.

Superintendente do Grupo Gazeta de Comunicação, Dorileo Leal destaca que o grupo cumpriu com seu dever democrático, oferecendo ao eleitor todas as ferramentas possíveis para que ele tenha tranquilidade para escolher o que julga melhor para Cuiabá.

Ele ainda informa que, caso haja um segundo turno, será repetido o trabalho desenvolvido até agora, com igualdade aos candidatos nos jornais do grupo e a realização de pelo menos mais um debate.

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