Com a abertura do processo de cassação por parte da Comissão de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara de Cuiabá, o ex-presidente da Casa, vereador João Emanuel (PSD), prepara junto com seus advogados a defesa no processo. Durante a primeira sessão legislativa do ano, o parlamentar disse estar convicto de sua inocência em relação às acusações que resultaram, além do procedimento administrativo, em investigações do Ministério Público Estadual (MPE).
Ele garantiu que está preocupado em cumprir seu mandato e acredita que o Parlamento não ficará focado apenas em seu caso, tendo em vista que as demandas diárias da Casa de Leis são grandes. Para ele, os vereadores estarão preocupados com situações de relevância a sociedade e que a Comissão de Ética já é responsável pelas investigações. “Tenho convicção disso (inocente), assim é desta forma que vou manifestar minha defesa”.
O parlamentar ressalta que ainda não foi notificado da abertura do processo, marco que determina o prazo para apresentação da defesa, mas que está bastante tranquilo. A notificação, de acordo com o presidente da Comissão, vereador Toninho de Souza, deverá ocorrer amanhã.
Segundo Souza, os trabalhos vão se estender por um período de 90 dias e estão baseados no Código de Ética do Legislativo cuiabano instituído em agosto de 2009. Participarão da comissão, além de Souza, os vereadores Oséas Machado (PSC), como vice-presidente, Ricardo Saad (PSDB) na função de relator titular, Alan Kadec (PT), Marcrean dos Santos (PRTB) e Haroldo Kuzai (SDD) como suplentes.
Sobre a decisão do Tribunal de Justiça, que suspendeu as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), na operação “Aprendiz”, que também o investigava, Emanuel disse que toda decisão judicial deve ser respeitada, mas ponderou que também é questionável. “Esse é um ponto que já começa a demonstrar qual é a orientação e o que deve ser feito no caso prático. Toda decisão é questionável, mas deve ser respeitada. Vou aguardar o desfecho de todo o caso”.