O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) nega ter oferecido delação premiada ao presidente da Câmara de Cuiabá, João Emanuel (PSD), afastado do cargo pela justiça durante a operação “Aprendiz”, na semana passada.
O coordenador da investigação do esquema, o promotor Marcos Reginold Fernandes, explica que a deleção premiada ocorre quando há uma confissão espontânea ou quando não há provas. “Neste caso temos tudo bem “robusto”, inclusive com um vídeo auto explicativo”, destaca o promotor. Para ele, tudo indica que isso seja a defesa do vereador tentando intimidar os vereadores de Cuiabá.
Operação Aprendiz – o Ministério Público Estadual, por meio do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), deflagrou na quinta-feira (28), a operação, que teve como alvo desbaratar um esquema criminoso de desvio de dinheiro público através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pela Câmara de Cuiabá.
Oito mandados de busca e apreensão foram cumpridos sendo eles na Câmara de Cuiabá, na residência do presidente João Emanuel, em uma gráfica, no cartório Segundo Serviço Notarial e Registral de Várzea Grande, em um escritório de contabilidade e três residências na capital.
De acordo com o Gaeco, o presidente da câmara estaria envolvido em um esquema de falsificação de documentos de terrenos. Os imóveis estariam sendo usados em garantia para agiotas na captação de dinheiro para sua futura campanha de deputado nas eleições em 2014. Segundo o Gaeco, os terrenos seriam pagos aos proprietários com oferta de participação em processos licitatórios fraudados na câmara.