O Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público acusa o vereador João Emanuel, preso hoje, juntamente com Marcelo Ribeiro e André Luis Guerra de aplicar “Golpes do Finan se utilizavando de terceiras pessoas que não tem nome sujo na praça e solicitavam empréstimos bancários em seus nomes, dando como garantia bancária documentos de veículos não alienados, por vezes falsificados, contraindo dívidas junto a instituições financeiras que não são honradas. André e Marcelo são velhos conhecidos da Justiça pela pratica de crimes. Ambos tiveram participação no famoso caso do falso morto que compareceu em uma audiência no fórum de Várzea Grande e obteve autorização da Justiça para sacar de uma conta bancária cujo titular já havia falecido o valor de R$ 8 milhões", acusa o MP.
O Gaeco confirmou que além de João Emanuel a justiça mandou prender Amarildo dos Santos, Marcelo de Almeida Ribeiro e André Luis Guerra Santos acusados por crimes de falsidade, estelionato, corrupção passiva, grilagem de terras e adulteração de documentos de veículos. Segundo os promotores do Gaeco, mesmo após a deflagração da operação aprendiz, que desbaratou um esquema criminoso de desvio de dinheiro público através de fraude em licitação no âmbito das compras realizadas pelo na Câmara de Cuiabá, "a quadrilha continuou atuando, tendo João Emanuel como líder da organização criminosa".
A magistrada Selma Rosane Santos Arruda destaca que “ há sérios indícios de que estes acusados reiteram na prática de delitos com uma frequência espantosa e a reiteração criminosa é,sim, fator preponderante para autorizar o decreto de prisão preventiva.” Mesmo tendo sido afastado liminarmente da função de presidente mas por ainda deter o mandato, João Emanuel utilizou de todas as formas possíveis para atrapalhar a coleta da prova, bem como uniformizar os depoimentos que seriam colhidos na investigação. Até mesmo a notícia da existência de um vídeo que o inocentava foi veiculada em alguns meios de comunicação. Os promotores alegam que o material não altera em nada os fatos criminosos narrados na denúncia e foi apresentado a Justiça pelo próprio Gaeco.
"O Gaeco ressalta que os fatos relacionados ao desvio de dinheiro da Câmara Municipal autorizando serviços gráficos pela Propel encontram-se em fase final de investigação e será objeto de nova denúncia", informa a assessoria.