terça-feira, 1/julho/2025
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Cuiabá e Sinop têm taxa de crimes com adolescentes abaixo da média nacional

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A estimativa do Programa de Redução da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens, divulgada hoje, é preocupante: 374 adolescentes mato-grossenses correm o risco de serem assassinados até o ano de 2013 nas quatro maiores cidades do Estado, onde a população supera a casa dos 100 mil habitantes: Cuiabá, Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. O total de mortes esperadas para o período de sete anos é estabelecido a partir do Índice de Homicídios na Adolescência (IHA), que expressa o número de adolescentes que, tendo chegado a idade de 12 anos, não alcançará 19 porque terá sido vítima de homicídio.

Só Notícias teve acesso a pesquisa apontando que Várzea Grande apresentou o maior índice de assassinatos de adolescentes, pois ultrapassou o limiar de três (3,27) adolescentes mortos para cada mil. No município a população de com idade entre 12 a 18 anos é de pouco mais de 34,5 mil. Na prática, se a projeção se confirmar, 113 adolescentes não chegarão aos 19 anos de idade pois terão sido vítimas de mortes violentas. O IHA da cidade ultrapassou a média brasileira de 2,67.

Em Cuiabá, o índice de assassinatos foi de 2,63 para o mesmo universo. Estima-se que 184 pessoas do sexo masculino ou feminino serão mortas até 2013 caso não sejam adotadas medidas para conter a violência. O estudo que avalia o IHA foi desenvolvido mediante parceria do Governo Federal (Secretaria Especial dos Direitos Humanos), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Laboratório de Análise da Violência (UERJ), o Unicef e a ONG Observatório de Favelas.

Em Sinop, onde o número de adolescentes com até 18 anos é pouco superior a 15 mil, pelo menos 35 devem assassinados pelos próximos anos mediante emprego da violência. O índice de assassinatos no município é de 2,30. Já para Rondonópolis, corresponde a 1,87. Para esta cidade o número de mortes esperadas em sete anos é de 42, segundo identificou a pesquisa. A pesquisa utilzia dados coletados em 2007.

Uma característica identificada pela pesquisa é que em Mato Grosso o risco de se morrer vítima de uma arma de fogo é mais elevado quando comparado ao emprego de outros meios. Há dez vezes mais de chance de que o homicídio pela utilização de armas. Para os Estados como Alagoas, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Pernambuco e Espírito Santo, por exemplo, o risco relativo de morrer vítima de uma arma de fogo também é maior. Em Alagoas, por exemplo, corresponde a doze vezes o risco referente a outros meios.

No Brasil, segundo o relatório, estima-se que a violência letal será responsável pela morte de mais de 32 mil adolescentes nos municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes no período de 2007 a 2013, se as condições que prevaleciam em 2007 não mudarem. No conjunto de todos os municípios avaliados, 2,67 em cada 1.000 adolescentes com doze anos de idade morrem vítima de homicídio antes de completar os 19 anos.

As análises de risco revelam que a violência letal contra adolescentes é um fenômeno doze vezes mais provável contra indivíduos de sexo masculino, comparados com aquele contra as mulheres, e quatro vezes mais provável contra negros do que contra brancos.

O Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens (PRVL) é uma iniciativa do Observatório de Favelas, realizada em conjunto com o UNICEF e a Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República. O PRVL é desenvolvido em parceria com o Laboratório de Análise de Violência da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (LAV-Uerj) e tem apoio institucional da Organização Intereclesiástica de Cooperação para o Desenvolvimento (ICCO).

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