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Cuiabá: câmara encerra a investigação contra prefeito Emanuel Pinheiro na CPI do Paletó

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Restando ainda cerca de 60 dias de prazo para a conclusão dos trabalhos, os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, que investiga suposto recebimento de propina pelo atual prefeito de Cuiabá, na época em que era deputado estadual, aprovaram – por dois votos contra um – o requerimento de autoria do presidente da câmara, Justino Malheiros (PV), que pedia o início da confecção do relatório final. Outros 9 pedidos de diligências e oitivas que estavam na pauta foram rejeitados, o que na prática, encerra a investigação contra o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), acusado de quebra de decoro por ter sido filmado recebendo maços de dinheiro.

O único voto contrário, foi do presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB) que antecipou que vai produzir um relatório paralelo – o texto final oficial está sob a responsabilidade de Adevair Cabral (PSDB) – e que já recorreu à justiça contra a decisão tomada ontem. Bussiki pediu um mandado de segurança que o autorize a tomar as decisões dentro da CPI.

Além do pedido de Malheiros, foi aprovado um convite para o que Emanuel Pinheiro deponha na câmara. Seu advogado, André Stumpf, já afirmou, contudo, que ele não comparecerá. “Trazer o prefeito para ele confrontar um fato que não tem prova… Por questões técnicas, a defesa orientou que não venha. Já estou adiantando”, disse.

Para Bussiki, as votações de ontem são resultado de uma “operação abafa”, que visa uma conclusão da CPI que não prejudique o prefeito. Por conta disso, ele requereu que Adevair Cabral apresente um cronograma com as datas nas quais haverá reunião para produção do relatório final, a análise dos membros da CPI do texto produzido e a posterior votação em plenário do documento.

“Estou bem curioso porque não acredito que, com tudo que aconteceu aqui, ele [Adevair] se deu por satisfeito quanto à produção de provas. Quero esse cronograma, porque, como andam as coisas, ele apresenta o relatório na semana que vem e já vota em plenário, sem sequer analisarmos”, criticou Bussiki.

Com os trabalhos iniciados efetivamente em fevereiro, após o retorno do recesso parlamentar, a CPI do Paletó colheu os depoimentos de quatro testemunhas. Dessas, duas afirmaram que o dinheiro recebido por Emanuel Pinheiro na época em que era deputado estadual era referente a propina. São elas, o ex-governador Silval Barbosa e seu ex-chefe de gabinete, Sílvio Corrêa Araújo, autores da denúncia que deu origem à CPI.

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