O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) apreendeu documentos relacionados ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Cuiabá, na sede de uma das empresas integrantes do consórcio à frente da obra. A informação foi divulgada, hoje, pelo jornal Folha de S.Paulo.
De acordo com a reportagem, as apreensões, que incluem outras 4 empresas, em 4 capitais, indicam que as investigações sobre o cartel que operou em licitações de trens e metrô em São Paulo e no Distrito Federal poderão se estender a outras cidades.
Conforme a reportagem, a documentação foi recolhida durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em 10 empresas denunciadas por uma multinacional alemã, como participantes em esquema criado para fraudar concorrências. Outras cidades que podem ser investigadas, além de Cuiabá são Fortaleza, Recife, Rio de Janeiro e Salvador.
À Folha, o Cade afirmou que ainda está analisando os documentos e que irá apurar com rigor caso encontre “indícios de cartel em outras licitações, mercados ou localidades”.
As denúncias da multinacional foram feitas após acordo com o Cade. Em troca da delação, a empresa recebeu anistia administrativa, mas o benefício pode ser cancelado caso a empresa sonegue informações.
Outro lado – A reportagem entrou em contato com a secretaria Extraordinária da Copa do Mundo em Mato Grosso (Secopa/MT) e com o Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, responsáveis pela obra, mas nem a secretaria e tampouco a empresa quiseram se pronunciar sobre o assunto neste momento.