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CPI Sema: assessor nega propina e ‘detona’ secretário

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O assessor parlamentar Antonio Góis, que trabalha para o deputado Juarez Costa (PMDB) foi o primeiro a depor, ontem à tarde, na Comissão Parlamentar de Inquérito que apura irregularidades na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (CPI da Sema) e negou todas as acusações feitas por João Batista da Silva, o João “Maguila” de que estaria praticando tráfico de influência dentro da Sema, para dar celeridade na liberação de Licenças Ambientais Únicas (LAU’s) e Planos de Manejo Florestal, mediante a cobrança de propinas.

Antonio Góis disse que os problemas no órgão estadual são de ordem administrativa e que jamais conseguiu a liberação de qualquer licença ou projeto de manejo. “Eu dei entrada em um projeto de manejo no qual eu tenho participação de 25%, em março de 2006, e até agora não houve a liberação. Então, onde é que está o tráfico de influência, se nem o meu próprio projeto eu consegui liberar? As pessoas fazem denúncias que não podem provar e colocam outras em situação muito difícil. O fato de eu ser assessor não me impede de ter meus próprios negócios e também não serve como garantia de livre trânsito em lugar nenhum, muito menos na Sema”, disse.

O assessor parlamentar disse ainda que o atual secretário, Luiz Henrique Daldegan e o secretário-adjunto, Bathilde Jorge Moraes Abdala não têm condições de gerir a Sema e “deveriam entregar os cargos, porque a Sema está emperrando praticamente todos os segmentos econômicos do Estado, além de atuar de forma desumana com todos que procuram aquele órgão para regularizar sua situação”, afirmou.

Antonio Góis culpou o Governo do Estado por ainda não ter conseguido resolver os problemas estruturais da Sema. “Já está mais do que provado que os problemas são estruturais, que a Sema não tem a mínima condição, do jeito que está, de continuar gerenciando o meio ambiente. E o Intermat? Por que não entrou em cena para resolver os problemas de sobreposição de terras e as questões de divisas? É essa falta de atitude que gera problemas dessa natureza”, completou Antonio Góis.

Góis é o segundo assessor do deputado Juarez Costa a depor na CPI da Sema. Fernando Brandão depôs, há poucos dias, e também negou conduta indevida ou tráfico de influência na Sema.

Está confirmada para esta quinta-feira, às 9h, a acareação entre João Batista da Silva (que fez as denúncias envolvendo o deputado Juarez Costa e seus assessores); Fábio Galindo (procurador da Fazenda Gislaine I) e Walmor Brolin (proprietário da fazenda Gislaine I). A acareação se faz necessária por que os depoimentos dos três apresentam versões muito divergentes sobre o problema do licenciamento ambiental e do projeto de manejo da referida área.

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