Detalhes sobre os processos que resultaram na operação Guilhotina serão questionados aos quatro servidores da Secretaria do Estado de Meio Ambiente, convocados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema. Eles serão interrogados amanhã e na quinta-feira pelos parlamentares.
Na época em que os planos de manejo, em que foram constatadas possíveis irregularidades foram aprovados, Rogério Rodrigo da Silva era responsável pela Superintendência de Gestão Florestal, Bathilde Jorge Moraes Abdalla secretário-adjunto, César Augusto D’Arruda era superintendente jurídico e, Afrânio Migliari, superintendente de gestão Florestal. “Também vamos questioná-los sobre a estrutura e condições de trabalho na secretaria e outras denúncias”, acrescentou o relator.
Ainda, estão sendo convidados pela comissão os empresários Youssef Nassin Kati (São José do Rio Claro), Silmara Mirlei dos Santos (Juara), Valmor Brolim (Feliz Natal), Maria Geraldina de Souza Gasques (Marcelândia), Temístocles Nunes da Silva Sobrinho (Itaúba) e José Roberto Barros de Carvalho (Juara). Eles também teriam os nomes citados na operação.
Durante a Guilhotina, 40 empresários, madeireiros, engenheiros e servidores foram presos, a maioria da região Norte, por suspeita de envolvimento no esquema de fraudes na liberação de planos de manejo para esquentar madeira ilegal nos pátios das madeireiras. Algumas ações foram questionadas pelo setor, bem como o envolvimento de servidores da própria secretaria.
A CPI quer apurar as deficiências da pasta que, além de facilitar as irregularidades, travam a liberação de projetos e licenças. O secretário Luiz Daldegan já foi ouvido e admitiu dificuldades na gestão ambiental no Estado. O prazo para conclusão dos trabalhos é de seis meses.