O deputado José Carlos do Pátio (SD) afirmou, hoje, que a Comissão Parlamentar de Inquérito da Renúncia e da Sonegação Fiscal, da qual é presidente, vai requerer gravações da delação do empresário João Batista Rosa, sócio proprietário do Grupo Tractor Partes, feitas pelo GAECO – Grupo de Apoio de Combate ao Crime Organizado-, que resultaram nas prisões dos ex-secretários Pedro Nadaf, Marcel Cursi e do ex-governador Silval Barbosa.
Ao prestar depoimento à Delegacia Fazendária (Defaz), João Batista Rosa confirmou ter pago R$ 2,6 milhões para manter o benefício fiscal para suas empresas e que sera 'obrigado' a repassar dinheiro. Segundo ele, após pagar a propina milionária, o "priviégio" foi concedido pela Secretaria de Estado de Indústria e Comércio (Sicme), pasta que era comandada pelo ex-secretário Pedro Nadaf, preso há uma semana na Operação Sodoma.
Conforme Pátio, o resultado da operação, bate com os depoimentos recolhidos nas oitivas da CPI. "Eu acredito que a CPI está no caminho correto, mas nesse momento se você quer fazer uma investigação ponderada, séria, sem criar problema, a única forma é ter calma e continuar conduzindo", destacou.
O parlamentar ressaltou também que a comissão já pediu a quebra de sigilo de outras empresas, para seguir as investigações sobre possíveis irregularidades, como pagamento de propina em troca de incentivos fiscais.
Após os depoimentos e as prisões dos ex-secretários de Estado de Indústria e Comércio, Pedro Nadaf, e de Fazenda, Marcel Souza de Cursi, Pátio também relatou que novas pessoas serão convocadas para depor na CPI. "Temos que ter um procedimento e vamos discutir isso em colegiado", disse.