A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Sema, que investiga problemas administrativos e possíveis irregularidades cometidas pelo órgão, deve definir, esta semana, os próximos convocados para prestar depoimentos. Nesta quarta-feira, os parlamentares voltam a se reunir. O deputado José Riva (PP), presidente da comissão disse que “a partir de agora a CPI começa a fase de desdobramento, ouvir superintendentes de gestão florestal, empresários que foram envolvidos na operação guilhotina e é bem provável que ouçamos novamente o secretário de Meio Ambiente, Luis Henrique, não para obter informações da Sema, mas para dar explicações a respeito de alguns procedimentos que estão sendo levantados”, declarou. Na semana passada, o secretário foi ouvido e cobrado sobre a demora na liberação de alguns projetos na Sema.
Ainda segundo Riva (PP), na quarta-feira deve ser possível fazer um relato de alguns procedimentos que estão sendo levantados na Sema pelos técnicos contratados e tomar algumas decisões. “Provavelmente, façamos uma série de reuniões extraordinárias para ouvir os servidores e os empresários. Em um primeiro plano Cuiabá, e posteriormente Sinop. Estamos pensando em descer também para Alta Floresta e ouvir alguns empresários de Paranaíta”, explicou o presidente, em entrevista ao Só Notícias.
Inicialmente, estava ‘programada’ pela comissão, uma audiência para ouvir empresários em Sinop, na sexta-feira, mas acabou adiada devido a falta de subsídios e informações mais contundentes sobre as operações que foram desencadeadas no município. Riva alertou que por ser uma data comemorativa (dia da posse da nova presidência do Sindusmad), ficaria inconveniente realizá-la.
“Eu diria que em Sinop não foi nem adiada. Foi sugerida na CPI que viéssemos na data e feito uma avaliação. Todos acharam que era incoveniente para um dia de festa do Sindusmad. Temos, primeiramente, que conhecer os processos que originaram a operação Guilhotina. Os técnicos tem que avaliar isso e em outro passo ouvirmos os empresários”, destacou.
O presidente disse, ao Só Notícias, que os trabalhos da comissão seguem o cronograma estabelecido e que não há demora. “Diria que o trabalho da CPI está sendo entendido. Ela não é um instrumento de execração e até condenamos esta atitude. É um instrumento para detectar falhas, levantar eventuais irregularidades e, ao final de seu relatório, que pode ter uma ação propositiva em termos de um novo modelo de gestão para que a Sema funcione. Tudo transcorre normalmente”, salientou.
O deputado informou ainda que todas as denúncias anônimas recebidas estão sendo investigadas profundamente. “Recebemos denúncias anônimas e não podemos ser irresponsáveis de não averiguá-la. A CPI vai encerrar seus trabalhos de forma positiva e dar uma contribuição grande para o setor produtivo e sociedade. Não podemos olhar a Sema apenas como uma secretaria que cuida da questão ambiental, mas que precisa estabelecer um equilíbrio entre meio-ambiente, economia e social, que é muito importante para o Estado. O madeireiro não pode ser mais o vilão dos problemas no Estado”, concluiu.