A Comissão Parlamentar de Inquérito, que apura o caos na saúde pública de Mato Grosso, deve ouvir amanhã, o presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso [Sindmed-MT], Luiz Carlos Alvarenga, às 9 h, na Assembleia Legislativa. O depoimento de Alvarenga deve esclarecer fatos que levaram à uma grave crise na saúde público quando médicos entraram em greve deixando sem atendimento grande parte da população. A CPI da Saúde foi instalada em 04 de novembro e tem 180 dias para apresentar um relatório sobre a situação da saúde pública em Mato Grosso, com vistas ao apontamento de novas políticas públicas de saúde.
Até agora, ela visitou os Prontos Socorros de Cuiabá e Várzea Grande e quatro policlínicas da capital: do Pedra 90, Coxipó, Verdão e Morada da Serra. Também manteve agenda com o ministro da saúde, José Gomes Temporão em que apresentou documento com as principais reivindicações da sociedade mato-grossense na área de saúde. Nesta reunião, recebeu sinal positivo para três obras essenciais: R$ 106 milhões para o Hospital Geral Universitário em 2010 além dos R$14 milhões já assegurados para 2009, R$ 6 milhões para a conclusão do Hospital Metropolitano de Várzea Grande e, a construção de 08 Unidades de Pronto Atendimento (APAs) na região metropolitana da capital.
Os deputados da CPI estiveram com a desembargadora Clarice Claudino da Silva, do Tribunal de Justiça. Ela foi elo de conciliação entre as partes no episódio da greve dos médicos em Cuiabá. Além das atividades externas, a CPI também trabalha no recebimento e análise de documentação. Até o momento foram recebidos 25 requerimentos de autoria dos deputados, em sua maioria, com pedidos de informações sobre o recebimento e gerenciamento de recursos da área tanto no estado, quanto pelas prefeituras.