O senador Pedro Taques (PDT) foi eleito, hoje, vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Espionagem criada no Senado para investigar denúncia de que o governo americano monitorou milhões de e-mails e telefonemas no Brasil. A senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) fica como presidente e Ricardo Ferraço (PMDB-ES) será o relator dos trabalhos.
Composta por 11 senadores titulares e sete suplentes, a comissão inicia os trabalhos, nesta semana, investigando quais empresas de telecomunicação no Brasil estariam colaborando com os Estados Unidos por meio de transferência de dados sigilosos. “Não há Estado independente sem que ele seja soberano. A Comissão terá um importante papel não só na elucidação das denúncias de espionagem, como também na discussão sobre como o Brasil deverá proceder na questão da proteção nacional”, afirmou Pedro Taques.
Além de ampliar o leque de conhecimento acerca dessas operações realizadas pelos Estados Unidos, a CPI da Espionagem terá o objetivo de analisar a capacidade de defesa do Estado brasileiro diante dessa situação e avaliar até que ponto decisões foram tomadas sob influência desses atos de espionagem.
Pedro Taques lembrou que, neste final de semana, novas informações levadas ao conhecimento público atingem diretamente os interesses do Estado. Após o jornalista Glenn Greenwald informar à Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), no início de agosto, que novas informações poderiam ser divulgadas, o programa Fantástico, da TV Globo, informou que a presidente Dilma Rousseff foi alvo de espionagem. Greenwaldfoi o responsável por expor programas secretos dos Estados Unidos com base em dados vazados pelo ex-técnico da Agência de Segurança Americana (NSA) Edward Snowden.