A CPI das obras da Copa decidiu, esta manhã, por 3 votos a 1, atender pedido do ex-deputado José Riva e adiar seu depoimento, que estava previsto para hoje. Vai ser marcada nova data para ele ir a Assembleia responder perguntas de deputados que compõem a comissão e investigam obras não concluídas e gastos acima dos previstos, como no caso do Veículo Leve Sobre Trilho (VLT). A CPI atendeu pedido da defesa de Riva, que está preso, e alegou que hoje ele iria ao fórum na audiência de ação penal.
Atenderam pedido da defesa de Riva o relator da CPI, Mauro Savi e os membros Wagner Ramos e Baiano Filho. O presidente Oscar Bezerra foi contrário. "Esse era o momento de ele vir aqui porque ele tem muito a explicar. Assim como o José Dirceu está preso por ser o lobista do mensalão, eu, Oscar Bezerra, acredito que o José Riva é o grande lobista do VLT. Ele tem muito o que explicar e ele deveria estar aqui hoje”, disse Oscar, ao MidiaNews.
Oscar também disse que Riva foi dispensado da audiência na justiça, hoje, e por isso poderia ter comparecido para depor. O advogado protocolou pedido de adiamento apontando que não poderia estar na CPI acompanhando Riva porque estará na audiência no fórum.
O ex-secretário da Copa Eder Moraes, que também está preso (desdobramento da operação Ararath), depôs no mês passado e acusou Riva de influenciar na escolha do VLT alegando que o plano anterior era Cuiabá ter o ônibus rápido (BRT). O planejamento inicial era que o VLT entrasse em funcionamento em março do ano passado para melhorar o transporte durante a copa.
Mês passado, o governo estadual suspendeu por 75 dias o contrato do VLT, que é de R$ 1,4 bilhão para ser feito real levantamento da obra e definições de trechos por onde o VLT passará e será necessário desapropriar imóveis, o que tem sido apontado como um dos motivos do atraso. Cerca de 30% da obra foi executada e um dos últimos levantamentos apontam que já foram gastos 64% dos recursos previsto, cerca de R$ 940 milhões.
(Atualizada às 11:25hs)