Uma comitiva de Mato Grosso formada por representantes do governo do Estado e do setor industrial realizou, ontem, uma missão técnica ao Ceará com foco no desenvolvimento logístico e industrial do estado. A visita teve como destino a Zona de Processamento de Exportação (ZPE) Ceará e o Porto de Pecém (CE), referência nacional em operação alfandegada integrada à indústria exportadora.
A missão foi liderada pelo secretário de Desenvolvimento Econômico, César Miranda, e pelo presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Silvio Rangel. O objetivo foi conhecer a estrutura, o modelo de governança e as estratégias que fizeram da ZPE cearense um caso de sucesso, visando aplicar as boas práticas no projeto da ZPE de Cáceres, uma das principais apostas do Estado para agregar valor à produção e ampliar sua presença no mercado internacional.
Com mais de 95 milhões de toneladas movimentadas desde 2016, a ZPE do Ceará já responde por mais da metade das exportações daquele Estado e gera cerca de 80 mil empregos diretos e indiretos. A estrutura é integrada ao Complexo Industrial e Portuário de Pecém, reunindo setores como siderurgia, energia, mineração e hidrogênio verde, com forte foco em sustentabilidade, inovação e industrialização.
“A ZPE do Pecém foi a primeira a operar no Brasil e hoje é a única em pleno funcionamento. Conhecer os desafios superados por eles nos ajuda a evitar erros e reduzir riscos. A estrutura, a mão de obra qualificada e a governança de ganha-ganha que eles construíram servem de modelo para nós. Queremos que a ZPE de Cáceres siga essa linha: sustentável, eficiente e geradora de emprego e renda”, afirmou o secretário César Miranda.
“A visita nos mostrou como a sinergia entre porto, ZPE e governo estadual fez toda a diferença para o sucesso do Ceará. Mato Grosso tem uma produção forte, especialmente de commodities, e a industrialização via ZPE é o caminho para agregar valor. Precisamos trabalhar com inovação, logística e infraestrutura para transformar essa vocação produtiva em desenvolvimento econômico real”, acrescentou o presidente da Fiemt, Silvio Rangel.
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