A Comissão de Ética da câmara da capital decidiu pedir a cassação do mandato do vereador João Emanuel (PSD), ex-presidente do legislativo, que foi preso, mês passado, pelo GAECO, acusado de fraudes em processo licitatórios, grilagem de terras e outra irregularidades.
O presidente Toninho de Souza leu, na tribuna, o relatório citando que, em vídeo onde aparece conversando com uma empresária, para combinar licitação fraudulenta, Emanuel se referiu aos demais vereadores dizendo que na câmara só havia "artistas". A decisão se Emanuel terá mandado cassado caberá ao plenário.
Toninho expôs que, na conclusão dos vereadores da comissão, João Emanuel usou do mandato de vereador para fazer negociações de fraude no processo licitatório e manchou a imagem do legislativo. Ele acrescentou que a comissão se pautou em cima da legalidade durante os 60 dias de investigação.
Ano passado, quando foi deflagrada a Operação Aprendiz, investigando irregularidades na câmara, Emanuel havia renunciado a presidência do legislativo para evitar processo de cassação. Mas a Comissão de Ética manteve a apuração do caso, mesmo com a decisão dele sair do comando da câmara.