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Começa campanha da fraternidade e bispo de Sinop diz que desafio é ampliar combate a fome

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Só Notícias/Ana Dhein (foto: Só Notícias/arquivo)

A campanha da fraternidade, promovida pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) inicia hoje, incentivando todas as pessoas a exercitar a empatia e desenvolver a capacidade de cuidar do próximo. Sob o tema “Fraternidade e Fome” e o lema bíblico, de Mateus 14, 16: “Dai-lhe vós mesmo de comer”. A campanha está sendo lançada esta manhã em todas as paróquias das 34 cidades que compõem a diocese de Sinop, e em todo o Estado, durante Santa Missa. Na Catedral, o Bispo fará celebrações durante a manhã e às 19h30.

“É sempre um grande momento que a igreja realiza no período da Quaresma, período forte de conversão e de abertura de nossos olhos e coração e também para ver as realidades sociais em que vive o nosso povo. Por isso, faz 60 anos que a campanha sempre nos propõe um tema que se faz necessário, para reflexão diante de uma realidade sofrida, que todos sentem”, explicou o bispo.

Segundo Dom Canísio, o maior desafio da igreja é fazer as pessoas entenderem a mensagem a ser passada e “ajudar numa reflexão concreta de uma realidade que não condiz com a condição humana e cristã para que possamos dar também uma resposta de fraternidade ao mundo”. Ele também explicou que o lema da campanha deste ano é “ordem de Jesus, ele mesmo deu esta ordem porquê diante da realidade que ele encontra tantos famintos depois de um dia de pregação, a vontade que os apóstolos tinham era de mandar o povo embora, mas Jesus diz não “dai-lhe vós mesmo de comer”, relembrou. “Vamos procurar uma solução. É um desafio grande hoje, também encontrar saídas e formas de partilhas e comunhão com a realidade que nos envolve. Tudo isso nos prepara para que a nossa Páscoa, seja de ressureição, vida nova e transformação”

Dom Canisio reforça que é despertar nas pessoas a compreensão da realidade em que vivemos. Atualmente, no Brasil,  aproximadamente 33 milhões de pessoas estão em situação de fome, de acordo com a Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional. O país voltou a aparecer no mapa da fome das Organizações das Nações Unidas, a ONU, após uma década.

“Precisamos nos deixar tocar com situações reais e concretas, ser próximos e fazermos alguma coisa e não ficar na indiferença. A fome não é tão extrema em todas as paróquias, mas há sempre pessoas necessitadas de apoio e amparo. Nós temos muitas pastorais, temos instituições e este ano, temos proposta de realizar um encontro diocesano das obras e pastorais sociais”, concluiu.

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