segunda-feira, 17/junho/2024
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Cinco presidenciáveis dividirão palanque com candidatos a governador em Mato Grosso

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Só Notícias/Marco Stamm com Editoria (fotos: Gabriela Korossy/Alair Ribeiro e assessoria/arquivo)

O fim das convenções partidárias e os registros das candidaturas revelaram em Mato Grosso uma situação até então impensada no cenário político nacional. As coligações estaduais vão permitir que o presidenciável Geraldo Alckmin (PSDB) divida, não simultaneamente, os três palanques apontados como ‘mais fortes’ do estado com Jair Bolsonaro (PSL) Ciro Gomes (PDT), Henrique Meirelles (MDB), Álvaro Dias (Podemos) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) -que está preso- e caso obtenha registro na justiça para ser candidato. A situação se dá porque o PSDB, Democratas e PR estão coligados nacionalmente com o projeto tucano, mas terão candidaturas próprias ao governo do Estado com apoio dos demais partidos, a quem também consignaram seus palanques eleitorais.

Em seu próprio grupo, encabeçado pelo governador Pedro Taques (PSDB) que vai à reeleição, Alckmin terá que abrigar Bolsonaro, seu maior adversário na busca pelos votos de direita. A improvável aliança foi formada em virtude da candidatura da ex-juíza Selma Arruda (PSL), conhecida como a “Sergio Moro de saias”, ao Senado. Taques, que tem um perfil parecido com o da ex-magistrada, fez questão de tê-la em sua aliança e foi até a executiva nacional provisória do PSL pedir que o partido abrisse exceção ao veto de união que tem com o PSDB no restante do país.

A permissão foi dada e como moeda de troca os tucanos abriram seu palanque para Bolsonaro, que tem Mato Grosso como um estado prioritário. A decisão dividiu Taques, que, apesar de não querer se aprofundar no assunto durante a convenção, definida por ele como “um momento de alegria”, garantiu total apoio aos dois candidatos.

– A relação com Bolsonaro será da melhor maneira possível. Algumas das defesas do Jair Bolsonaro nós defendemos, por exemplo. Mas nosso candidato é Alckmin e Jair Bolsonaro na chapa. Eu como candidato ao governo vou apoiar os dois – garantiu Taques ao Só Notícias.

No Democratas, o candidato ao governo, Mauro Mendes, parece se encontrar numa encruzilhada e sem GPS. Por determinação nacional, ele tem que apoiar Alckmin, mas o PDT indicou o candidato a vice-governador e já cobrou espaço para Ciro Gomes. O MDB pouco tem ligado para Meirelles em Mato Grosso, mas deve reivindicar um retorno quando o ex-ministro da Fazenda estiver no estado.

Mendes não tem se mostrado confortável com a situação e disse abertamente que a prioridade é conduzir sua campanha ao governo. Sem citar o nome de Alckmin, o democrata garantiu que vai apoiar o candidato do seu partido e dar liberdade para seus aliados trabalharem com seus presidenciáveis.

– Isso é muito comum na política brasileira, os chamados palanques múltiplos. Nós saberemos, com tranquilidade, respeitar todos os partidos da nossa aliança e eles terão toda a liberdade para defender os seus candidatos nacionais. Na medida do possível, nós, com respeito a esses aliados, iremos ajudar na condução da campanha deles aqui no estado. O meu presidente é aquele que meu partido escolheu e eu vou respeitar o meu partido. Agora aqui em Mato Grosso, eu vou focar na minha campanha e na minha candidatura – declarou.

O PR, também aliado de Alckmin, lançou a candidatura do senador Wellington Fagundes ao governo como apoio do PT, sob a condição de dar palanque a Lula, e com o Podemos, de Álvaro Dias. O republicano justificou a abertura dizendo que Mato Grosso é um estado grande, que está em crescimento econômico e que não pode fechar as portas para ninguém. Fagundes garantiu que vai receber os três candidatos, disse que está indeciso e que vai aproveitar a oportunidade para escolher em quem votar.

– Meu candidato a presidente é aquele que quiser fazer o bem para o Brasil. Eu também quero ouvir os debates, eu quero conhecer a proposta de cada candidato para eu, inclusive, dentro deste palanque eclético, deste palanque múltiplo, deste palanque democrático, dizer quem será o meu candidato. Porque também esta definição o eleitor quer ouvir, e eu sou um eleitor e também quero saber qual é a proposta de cada um, principalmente o propósito de cada um – esquivou-se.

Marina Silva e Guilherme Boulos não terão que dividir palanque em Mato Grosso. A Rede lançou a candidatura do Policial Rodoviário Federal Arthur Nogueira ao governo do Estado, embora o pedido de registro de candidatura não tenha sido feito,  e o Psol efetivou a candidatura do servidor público Moisés Franz.

 

 

 

 

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