O depoimento do empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos da Planam, começou agora há pouco, na superintendência da Polícia Federal em Brasília, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Sanguessugas, vai possibilitar o mais completo e documentado levantamento já feito no país sobre corrupção, disse o deputado Raul Jungmann (PPS-PE), integrante da comissão.
“Primeiro, porque fecha as conclusões a respeito dos parlamentares envolvidos. Segundo, porque abre o futuro capítulo definitivamente, que é sobre o Executivo e sobre as prefeituras”. Vedoin está sendo ouvido na Polícia Federal pelos parlamentares da CPI. Jungmann disse ainda que Vedoin será questionado sobre os indícios de um novo ministério envolvido no esquema de fraudes por meio de emendas do Orçamento da União.
“Ele também vai ser indagado a respeito de outros esquemas nos mesmos ministérios, de outras empresas que participam desse mercado. Vamos querer saber também o esquema de liberação geral das emendas e compreender como ele funciona”.
A CPI deve apresentar o primeiro relatório parcial na próxima quinta-feira (10). Até o momento, estão na mira da comissão 90 parlamentares, dos quais três senadores.
O corregedor do Senado, Romeu Tuma (PFL-SP), disse que vai começar a investigar oficialmente esses três senadores depois da análise do depoimento de Vedoin. Mesmo assim, Tuma afirmou que vai ouvir ainda hoje o depoimento de Marcelo Cardoso Carvalho, assessor do senador Ney Suassuna, um dos investigados.