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Caso dossiê: Gedimar nega filiação ao PT e isenta ex-segurança de Lula

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O agente aposentado da Polícia Federal Gedimar Passos sustentou, na defesa escrita apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e divulgada ontem (9), que não tem qualquer vinculação partidária com o PT e também inocentou o ex-assessor especial da Presidência da República, Freud Godoy.

Gedimar afirmou que foi induzido, durante interrogatório feito na Polícia Federal de São Paulo, a dizer que Godoy estava envolvido no episódio da apreensão de R$ 1,75 milhão para compra de um suposto dossiê que visava a vincular políticos do PSDB com a compra superfaturada de ambulâncias.

No documento, os advogados Luciano de Souza e Alamiro Salvador Netto afirmam: “Sob a promessa de não ser detido, o representado (Gedimar) declinou o nome de um membro do governo (Godoy) que se lembrava por ter acompanhado em um trabalho anterior de segurança no comitê eleitoral, mas que, de fato, não possuía – em seu conhecimento – qualquer envolvimento com a situação”.

Na defesa, Gedimar Passos relata que fez um acordo com o diretor afastado do Banco de Santa Catarina (Besc), Jorge Lorenzetti, para analisar documentos que seriam entregues por ele. “O acordo foi então celebrado, sendo estabelecido que a remuneração pelos serviços do representado (Gedimar) seria regularmente paga pelo Partido dos Trabalhadores, o qual fora formalmente instado por meio de seu setor de Recursos Humanos”, diz.

Preso pela PF, com uma mala de dinheiro, no Hotel Íbis, em São Paulo, juntamente com Valdebran Padilha, Gedimar ressalta que, exceto Jorge Lorenzetti, não conhece nem tem vínculos com quaisquer outros citados na investigação judicial eleitoral proposta pela coligação Por Um Brasil Decente (PSDB/PFL).

Ele afirma desconhecer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição pela coligação A Força do Povo (PT-PRB-PCdoB), o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, e o deputado federal Ricardo Berzoini (SP), presidente do PT que na última sexta-feira (6) afastou-se do cargo.

Dessa forma, a defesa de Gedimar pede a reconsideração da decisão do TSE que determinou a abertura da investigação contra ele. No julgamento final, o advogado pede a absolvição de Gedimar.

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