O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) acaba de abrir a sessão plenária virtual e empossou o mato-grossense Carlos Fávaro (PSD) no mandato de senador, com a cassação de Selma Arruda (Podemos), por caixa 2 na campanha e abuso de poder econômico. Fávaro está no gabinete do presidente, com alguns poucos assessores, fez o juramento e está participando da primeira sessão com praticamente todos os senadores em suas residências para votação dos projetos que estão em pauta.
Os senadores Eduardo Braga (MDB-AM) e Otto Alencar (PSD-BA) deram boas vindas ao mato-grossense. Wellington Fagundes (PL) saudou Favaro e expôs que ele assume amparado com decisão do STF e destacou a experiência no setor público e setor produtivo e vai somar com bancada de Mato Grosso em prol dos interesses do Estado. “Em nome de toda bancada de Mato Grosso dá as boas vindas ao companheiro Carlos Fávaro. Ficando sem um senador, em quórum apertado (votações no Senado) não seria bom”, declarou.
O senador Alvaro Dias voltou a registrar “protesto e inconformismo” com a decisão da mesa diretora com a sessão remota “descabida” que resultou na perda de mandato de Selma Arruda. “Presenciei tese (nos tribunais) que não caberia dar posse ao 3º colocado e hoje vejo que 3º colocado assume o posto de Selma, eleita com votação histórica, conceituada e que foi alvejada como seu comportamento como juíza. O voto que analisou questões de direito material descarta perda de mandato”, disse Alvaro Dias (Podemos-PR) citando voto do ministro Edson Fachin. “O Senado ficou menor sem Selma” e disse que não tem nada pessoal contra Fávaro.
O senador Major Olímpio (PSL-SP) lamentou a saída de Selma. “Não concordo mas preciso compreender” e “desejo sorte ao Carlos Fávaro, representando o Estado de Mato Grosso”.
Fávaro ficará no mandato até que seja realizada nova eleição. O TSE adiou o pleito que seria no próximo dia 26 e definirá nova data.
Carlos Fávaro foi presidente da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso), depois eleito vice-governador do Estado, secretário estadual de Meio Ambiente, disputou em 2018 mandato de senador e ficou na 3ª colocação (Selma e Jayme Campos foram eleitos) e, no atual governo, chefiou o Escritório de Representação do governo de Mato Grosso em Brasília.
