O projeto do ex-vereador petista Lúdio Cabral (foto ao lado de Dilma) de disputar o governo nas eleições de 2014, poderá ficar prejudicado se levada à risca a orientação da nacional do partido. Em encontro realizado nesta semana, em Brasília, que contou com a presença dos presidentes estaduais da agremiação, como o de Mato Grosso, William Sampaio, a Executiva deliberou prioridade nos trabalhos “para o fortalecimento do palanque à reeleição da presidente Dilma Rousseff, dentro do grupo aliado”. Na prática, significa dizer que o PT no Estado poderá ter de abrir mão da liderança de chapa majoritária, se essa bandeira ameaçar a unidade do bloco pró-Dilma.
William admitiu na quinta-feira que “sem estímulo, uma candidatura isolada” pode não se confirmar, em referência ao projeto de construção de projeto pró- prio. A tese do partido de buscar o apoio para a liderança de chapa majoritária seguirá adiante, mas com muito zelo sobre o terreno das articulações que não pode atrapalhar o plano maior de Dilma Rousseff.
William organiza encontro ampliado da legenda, nos próximos dias, para repassar as orientações da nacional petista. Por enquanto, ele destaca a meta de respaldo aos planos do partido no Estado, ou seja, de tentar garantir respaldo do grupo governista para o nome a ser oficializado pelo partido para concorrer ao comando do Estado.
No grupo da situação, o PSD presidido pelo vice-governador Chico Daltro busca a consolidação do projeto de conquistar a chefia do Palácio Paiaguás. O PMDB também se coloca no embate através da espera da filiação do juiz federal Julier Sebastião da Silva para lançá-lo como via para postular o governo.
O PT, mesmo sem o nome de Julier, seguirá dividido porque os defensores do ingresso do magistrado aos quadros petistas dificilmente farão parte de campo de luta em favor do ex-vereador. Willian lembrou a necessidade de se estabelecer, junto com os aliados, uma linha de entendimento para contemplar o plano nacional do partido.