domingo, 28/abril/2024
PUBLICIDADE

Candidatos ao governo discutem propostas sobre segurança com judiciário

PUBLICIDADE

Os candidatos ao governo do Estado apresentaram os eixos dos respectivos programas para a administração pública, focados na área da segurança pública, em evento realizado pela Corregedoria Geral da Justiça de Mato Grosso, visando analisar promessas e também cobrar respostas arroladas pelo setor. No auditório do Fórum de Cuiabá, os postulantes Lúdio Cabral (PT); José Marcondes; (PHS), o Muvuca; José Roberto (PSOL); Pedro Taques (PDT); e o médico Aray Fonseca (PSD), representando Janete Riva (PSD) foram unânimes num aspecto: a área da segurança pública precisa avançar por meio de mais investimentos, ações preventivas e através de novas políticas públicas. Objetivo em comum é reduzir os altos índices de violência e criminalidade em Mato Grosso, em plataformas diferentes. E em que pese a otimização de ações, o sistema prisional ainda é visto como um “desafio” para os que desejam assumir o comando do Estado.

Taques, que “encerrou” os debates na ordem dos candidatos ouvidos, não dispensou a oportunidade de devolver ao adversário, Lúdio Cabral, respostas aos ataques políticos. Disse que “Lúdio ataca esposas de candidatos como fez em 2012 com Mauro Mendes. Classificou a posição do petista como uma ação “sem escrúpulos ao ponto de mentir na campanha municipal, no programa de TV, que a doença de Virgínia era mentira. E depois ela fez transplante. E vejam como está atacando a esposa do candidato, dizendo que minha esposa é investigada, o que mostra a baixaria do candidato do Silval e do PT”, disparou na noite de ontem.

O candidato do PDT, que relatou o novo Código Penal na comissão especial do Senado, assinalou a importância da discussão específica da área e da necessidade e urgência dos investimentos. Acentuou em seu discurso um panorama geral sobre outros setores de responsabilidade do Estado, como a saúde e educação, além de outras pastas, para instituição de novas políticas públicas interligadas para minimizar os problemas como o crescente aumento da criminalidade.

Lúdio Cabral, o primeiro a apresentar suas propostas, reconheceu as dificuldades. E fez questão de lembrar que apesar desse contexto, é preciso reconhecer os pontos positivos da atual gestão. Ele discorreu sua análise sobre a necessidade de avançar sobre o ensino fundamental, escolas profissionalizantes, técnicas, como instrumento colaborador para a melhoria da área da segurança pública. O “fator social” foi um dos pontos reiterados por Lúdio como elo para acentuar a prática da evolução no setor. Lembrou ainda a redução da população carcerária, de aproximadamente 12 mil para 9,5 mil, frisando sua meta de construção de no mínio 5 colônias ligadas ao sistema penitenciário do Estado. A revisão do atual modelo do sistema no Estado também foi posto na lista de prioridades do candidatos.

O médico Aray Fonseca, vice na chapa majoritária liderada por Janete Riva, demonstrou preocupação com o atual quadro. Lembrou que existe um déficit de efetivo da Polícia Militar, de mais de 5 mil agentes, e que a área precisa de investimentos urgentes. A política da descentralização das ações foi enfocada por Aray, partindo do entendimento de que Estado, municípios e governo federal podem ampliar os trabalhos tanto no âmbito preventivo, como de combate à violência e criminalidade. Lembrou ainda a região de fronteira como uma das prioridades no programa de governo. “E como vamos conseguir os recursos? Sabemos que apenas R$ 60 milhões sobram para investimentos na segurança pública e é muito pouco, porque desse total, só R$ 14 milhões restam para a construção de novas unidades. Por isso iremos implantar uma dinâmica inovadora na gestão, industrializando o Estado, com a criação de polos como o têxtil na baixada cuiabana, oportunizando o mercado de trabalho e o desenvolvimento pleno, porque isso ajuda nas ações preventivas, dando oportunidade para o cidadão”, disse destacando que a região de fronteira do Estado atua com apenas 50 policiais, quando é preciso pelo menos 500. Acentuou ainda as ações na área da saúde, acrescentando a nova proposta de criação de uma Secretaria de Gestão do Sistema Penitenciário.

Muvuca também prometeu investir mais na área, lembrando entre os principais objetivos sua luta contra crimes como a pedofilia, além da construção de um presídio de segurança máxima, “porque tem gente como o Eder que tem que ficar na Papuda porque não tem presídio à altura no Estado”, disse cutucando o ex-secretário de Estado, Éder Moraes, investigado na Operação Ararath.

O candidato José Roberto também fez exposições sobre várias áreas, como a educação, apontando a atual gravidade da área da segurança pública como um reflexo da gestão estadual. “Entendemos isso como a falta de investimentos por culpa de campanhas milionárias. Pretendemos dobrar as vagas no sistema, reforçar os trabalhos nos presídios. A mudança só virá com um novo processo de construção da gestão estadual.

COMPARTILHE:

PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE
PUBLICIDADE

Mais notícias
Relacionadas

Mato Grosso e mais 3 Estados irão fechar 2024 no ‘azul’, aponta federação

Estudo da Federação das Indústrias do Estado do Rio...

Plano de educação de MT é apresentado no maior evento da América Latina

A secretaria estadual de Educação apresentou esta semana a...
PUBLICIDADE