Deve terminar no final desta manhã, o debate entre os candidatos a reitoria da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que está ocorrendo no campus sinopense. Maria Lucia Cavalli Neder (que busca a reeleição), Fernando Nogueira e Edinaldo de Castro e Silva, juntamente com seus respectivos vices, apresentaram propostas, responderam perguntas formadas pela comissão de consulta e também questionamentos dos acadêmicos.
O evento teve momentos de “farpas” entre os candidatos. Um destaque envolveu Maria Lucia e o candidato Fernando Nogueira (reitor entre 1996 a 2000) sobre o Reuni – programa do governo Federal para apoiar a reestruturação e expansão das Universidades Federais. Fernando apontou “não acreditar” no programa e ser um processo demorado. Maria Lucia, por sua vez, afirmou que se não tivesse aderido e acreditado na proposta, a universidade não teria conseguido ampliar o quadro de mestres e doutores (atualmente soma mais de 500), bem como, a oferta de cursos pós-graduações (mais de 40 entre mestrados e doutorados).
A atual gestora destacou ainda que, por meio do programa, não teria conquistado cerca de R$ 120 milhões nos últimos anos para o Hospital Universitário, onde “o senhor Arlan [candidato a vice reitor pela chapa 3] foi diretor e, ao que me lembro, não trouxe um recurso em sua gestão”, disse. O programa cria condições para que as universidades federais promovam a expansão física, acadêmica e pedagógica. Foi criado em 2007, com previsão de conclusão para este ano. Lúcia destacou que buscará mais apoio do Reuni 2.
Na apresentação das propostas, a chapa “A UFMT é você, somos todos nós”, de Lúcia, enfatizou os trabalhos já promovidos, dando destaque para a continuidade deles. Para Sinop, ela reforçou a abertura do restaurante universitário, que deve ocorrer a partir de abril, “mesmo em local improvisado, até ocorrer o processo de licitação”, e a autorização para inclusão do curso de medicina, anunciado ontem, conforme antecipou Só Notícias. Ela destacou ainda que o objetivo é abrir seis novos cursos de graduação, “dois em cada grande áreas de atuação”. O candidato a vice, João Carlos de Souza, destacou que os trabalhos serão em busca da “excelência” para a instituição.
A chapa 2, “A UFMT em primeiro lugar”, de Fernando e Marta Pontin Darsie, destacou aos acadêmicos que o objetivo, caso eleitos, é tornar a universidade cada vez mais moderna, atuante e comprometida. Entre as propostas, estão quesitos como qualidade de ensino e excelência acadêmica, interação entre a universidade e sociedade, valorização profissional, capacitação dos profissionais que compõe o quadro da instituição e a consolidação dos cursos novos ou daqueles em fase de implantação.
Já a chapa 3, denominada “Renovar para avançar”, liderada por Edinaldo de Castro e, pelo candidato a vice, Arlan de Azevedo Ferreira (ex-presidente do Conselho Regional de Medicina em MT), apresentou vários “princípios”, entre eles a proposta de estimular a criação de grupos de pesquisa, dando apoio estrutural e, também, fomentando os já existentes. A modernização dos espaços didáticos da instituição também foi um item discutido pelos candidatos, que querem uma gestão participativa com a comunidade, além de fortalecer a política de assistência estudantil. Em discurso, Arlan destacou a necessidade da inclusão de medicina no campus sinopense, no entanto, enfatizou que para isso é necessário que haja estrutura.
As eleições estão marcadas para 18 de abril. Os candidatos ainda debaterão propostas no hospital universitário Júlio Muller, em 4 de abril e, no campus de Cuiabá, dia 11. Conforme Só Notícias informou, atualmente no campus de Sinop conta com 2,9 mil alunos entre os dez cursos de graduação.
(fotos: Só Notícias/Cleverton Neves)
