A comissão que está fazendo o levantamento das obras da nova sede da Câmara de Sinop pediu mais 30 dias para concluir o relatório que apontará se houve irregularidades nos repasses e trabalhos feitos até agora. Segundo a vereadora Cleuza Navarini (PTB), presidente da comissão, o relatório será apresentado somente após o parecer de uma equipe técnica, que está sendo licitada pela casa.
Ela informou que já foram ouvidos o dono da empreiteira que executou a obra, arquiteta, engenheiros e o ex-presidente da câmara José Pedro Serafini (PMDB).
Cleuza antecipou, ao Só Notícias, que algumas irregularidades no projeto foram constatadas. “O telhado era para ser de zinco e foi feito de eternite. Paredes que eram para ser de vidros foram feitas quase todas de concreto”, acrescentou. Essa diferença de material e custos deve ser analisada pela comissão técnica. “Mas vamos aguardar o relatório técnico para não cometermos equívocos, destacou.
Entre os itens que estão sendo analisados está se o valor investido no prédio está em conformidade com os repasses feitos pelo Legislativo. R$ 1,085 milhão já foram liberados para a sede própria na gestão do ex-presidente José Pedro Serafini e empreiteira esta cobrando mais R$ 315 mil – montante que ficou acima da projeção feita quando a obra foi lançada.
A presidente ainda deve concluir duas atas sobre os interrogatórios e apresentar aos outros membros da comissão – os vereadores Jorge Muller (PSDB), Valdemar Júnior (PPS) e a relatora Zuleica Mendes (PMDB).
A obra está parada desde dezembro. A presidente Sinéia Abreu (PSDB) baixou portaria suspendendo o pagamento de quaisquer despesas empenhadas ou não ( incluindo os R$ 315 mil) bem como a continuidade da obra, enquanto não for concluído o relatório. Ela apontou “a existência de diversas medições, com os pagamentos em desacordo com a planilha de custo, bem como com o cronograma físico e financeiro da obra”.
O ex-presidente José Pedro Serafini disse, anteriormente, que não há irregularidades na obra e classificou a decisão da presidente, em formar comissão para investigação, como “revanchismo”.